quinta-feira, 25 de junho de 2020

9º ano E F - Revolução Russa

Assista o vídeo, leia os textos e responda as questões acessando o formulário clicando no local indicado.


Revolução Russa (1917)

A RÚSSIA ANTES DE 1917

           Em 1894, subiu ao trono russo o czar Nicolau II. Desde o século XVI, o país era uma monarquia absolutista. A nobreza era proprietária de 25% das terras cultiváveis do país, e a grande maioria da população - mais de 80% - estava ligada direta ou indiretamente à terra.

            As condições de vida da maior parte dos camponeses eram péssimas. Em geral, eles habitavam moradia precária. Alimentavam-se basicamente de pão preto, batata e torta de farinha de milho. Nas aldeias raramente havia escolas, e a maior parte da população era analfabeta.

            No plantio e na colheita eram usados instrumentos agrícolas antigos, como o arado de madeira e a foice, apenas em algumas grandes propriedades adotava-se uma tecnologia moderna. Nas cidades, a vida não era muito diferente da do campo em relação às dificuldades enfrentadas.

            Com uma economia essencialmente agrária, a Rússia tinha poucas indústrias; a maior parte dela pertencia a proprietários estrangeiros.

UM CLIMA EXPLOSIVO

            Os problemas internos da Rússia se agravaram ainda mais após a guerra Russo-Japonesa (1904-1905). A derrota ante os japoneses mergulhou a Rússia numa grave crise econômica e aumentou o descontentamento de diferentes grupos sociais com o czar Nicolau II. Começaram a ocorrer greves e movimentos reivindicatórios, duramente reprimidos pela polícia czarista.

            Num domingo de janeiro de 1905, trabalhadores de São Petersburgo, então capital do Império Russo, organizaram uma manifestação para entregar a Nicolau II um documento em que reivindicavam melhores condições de vida e melhores salários. Uma multidão de cerca de 200 mil pessoas, entre elas crianças e mulheres, dirigiu-se ao Palácio de Inverno, residência do czar. As tropas do governo, que estavam de prontidão, receberam os manifestantes com tiros de fuzil.

            O incidente, que ficou conhecido como Domingo Sangrento, provocou conflitos em toda a Rússia.

            Tentando diminuir as tensões sociais, o czar criou a Duma, espécie de Parlamento. Contudo, os deputados eleitos das quatro primeiras dumas foram de tal maneira pressionados pelo czar que pouco puderam fazer.

            Esse ambiente contribuiu para a difusão e a aceitação das ideias socialistas - sobretudo as elaboradas pelos alemães Karl Marx e Friedrich Engels - entre os movimentos sociais russos. Assim, essas ideias se tornariam a base da Revolução Russa.

            Em 1905, surgiram os sovietes de trabalhadores, conselhos que se encarregavam de coordenar o movimento operário nas fábricas. Os sovietes teriam papel decisivo na revolução de 1917.

O INÍCIO DA REVOLUÇÃO

         Em 1917, a escassez de alimentos era muito grande e provocou uma série de greves. Em 27 de fevereiro desse mesmo ano, uma multidão percorreu a capital do Império pedindo pão e a saída da Russia da Primeira Guerra Mundial. Os manifestantes também criticavam o sistema monárquico.

            A polícia e o exército, agora ao lado dos manifestantes, não reprimiram o movimento. Isolado, o czar abdicou, e um governo provisório foi constituído. Esse governo, dominado pela burguesia russa, decidiu continuar na guerra, com planos de uma grande ofensiva contra a Áustria-Hungria.

            A população russa, porém, discordava dessa orientação. O governo, sem controle de seus exércitos, não tinha forças para impedir as deserções dos soldados. Havia ainda a constante elevação dos preços dos gêneros alimentícios, contra a qual o governo nada conseguia fazer.

            Nesse momento, grupos revolucionários já desenvolviam intensa atividade nas cidades, reativando os sovietes de trabalhadores, com o objetivo explícito de tomar o poder.

            Naquele momento, três grupos e três diferentes propostas políticas se defrontavam pelo poder:
  • O Partido Democrático Constitucional, partido da burguesia e da nobreza liberal, favorável à continuação da guerra e ao adiamento de quaisquer modificações sociais e econômicas.
  • Os bolcheviques - maioria, em russo -, que defendiam o confisco das grandes propriedades, o controle das indústrias pelos operários e a saída da Rússia da guerra.
  • Os mencheviques - minoria, em russo -, que, embora contrários à guerra, não admitiam a derrota da Rússia. 


A TOMADA DO PODER

            Sob o comando de Trotski, no dia 25 de outubro, os bolcheviques ocuparam os pontos estratégicos de Petrogrado e o Palácio do Governo.

            Na manhã do dia seguinte, os sovietes da Rússia, reunidos em Congresso, confirmavam o triunfo da revolução, confiando o poder a um Conselho de Comissários do Povo. O Conselho era presidido por Lenin.

            As primeiras medidas do governo revolucionário foram:
  • retirada da Rússia da guerra;
  • supressão das grandes propriedades rurais, confiadas agora à direção de comitês agrários;
  • controle das fábricas pelos trabalhadores;
  • criação do Exército Vermelho, com a finalidade de defender o socialismo contra inimigos internos e externos.


Logo depois, os bolcheviques adotaram o sistema de partido único: Partido Comunista.

A DEFESA DA REVOLUÇÃO: TROTSKI E O EXÉRCITO VERMELHO

            Após a tomada do poder pelos revolucionários, a Rússia viveu ainda três anos de guerra civil.

         Quando irrompeu a guerra civil as condições extremamente precárias, com o país esgotado, recém-saído da Primeira Guerra Mundial, Trotski conseguiu formar um exército forte e eficiente.

            Com o apoio popular, as tropas revolucionárias enfrentaram o Exército Branco, composto por antigos oficiais do czar e prisioneiros do exército austríaco. Além disso, enfrentaram tropas de países europeus, que temiam que a revolução socialista se espalhasse pelo continente.

A CONSOLIDAÇÃO DA REVOLUÇÃO RUSSA

            Sob a direção de Lenin e com um plano que ficou conhecido como Nova Política Econômica (NEP), os bolcheviques deram início à recuperação da economia russa. Elaborada em 1921, a NEP procurou concentrar os investimentos nos setores mais importantes da economia. Entre as medidas adotadas encontravam-se:
  • produção de energias e extração de matérias-primas;
  • importação de técnica e de máquinas estrangeiras;
  • organização do comércio e da agricultura em cooperativas;
  • permissão para a volta da iniciativa privada em diversos setores da economia, como o comércio, a produção agrícola e algumas formas de atividade industrial. Todos os investimentos tinham o rígido controle do Estado, muitos deles eram feitos em empresas estatais.


·                    Vários Estados que tinha separado da Rússia durante a revolução - como a Ucrânia - voltaram a se integrar e formaram, em 1922, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

            Com a morte de Lenin, em 1924, Stalin (secretário-geral do Partido Comunista) e Trotski passaram a disputar o poder. Stalin defendia a ideia de que a União Soviética deveria construir o socialismo em seu país e só depois tentar levá-lo a outros países; Trotski achava que a Revolução Socialista deveria ocorrer em todo o mundo, pois enquanto houvesse países capitalistas, o socialismo não teria condições de sobreviver isolado.

            Stalin venceu a disputa. Trotski foi expulso da URSS. A União Soviética ingressou, então, na fase do planejamento econômico. Foi a época dos planos quinqüenais, inaugurada em 1928. Os planos se sucederam a transformaram a União Soviética numa potência industrial. Contudo, a violência foi amplamente empregada pelo governo para impor sua política.


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7º ano E F - Conquista da América Espanhola

Assista o vídeo, leia o texto e clique no local indicado para acessar o questionário.

Conheça um pouco os astecas assistindo o vídeo


Conquista da América Espanhola
Por Daniel Neves (texto adaptado).

Sobre a conquista da América, é importante considerar que quase não havia financiamentos da Coroa para as expedições, que, em geral, eram financiadas por banqueiros interessados no retorno financeiro dessas expedições caso fossem encontrados metais preciosos. 

Entretanto, era necessária uma autorização da Coroa para que uma expedição fosse realizada. Hoje, sabe-se que inúmeras expedições foram realizadas de maneira clandestina. Toda expedição autorizada pela Coroa tinha como obrigação o pagamento do quinto de imposto (a cobrança de 1/5 ou 20%) de todas as riquezas obtidas.

A conquista da América espanhola ocorreu, principalmente, por meio da violência, o que foi bastante ressaltado em relatos da época. Os contatos iniciais amigáveis logo foram superados pela ambição do espanhol de conquistar e explorar, principalmente à procura de metais preciosos.

Causas da Conquista


  • A história nos conta a vitória dos espanhóis sobre os nativos à custa do extermínio destes. Na maioria dos casos, os espanhóis lutavam em cenários extremamente adversos, pois estavam em número consideravelmente inferior ao dos nativos. Apesar disso, existem motivos que ajudam a entender a vitória dos espanhóis.
  • Doenças: o contato dos nativos com doenças trazidas pelos europeus foi mortal. A varíola, principalmente, dizimou vilas e tribos inteiras de maneira epidêmica e fulminante.
  • Superioridade de armas: as armas utilizadas pelos espanhóis eram notadamente superiores, pois as armaduras de metal dos espanhóis garantiam importante proteção, além do uso de espadas, bestas, arcabuzes etc.
  • Alianças: a conquista dos incas e astecas só foi possível porque inúmeros outros povos conquistados por incas e astecas aliaram-se aos espanhóis na esperança de se libertarem dos seus algozes.

Em várias partes da América, entretanto, houve resistências dos nativos, que lutaram para sobreviver. Outros, em contrapartida, optaram por fugir. Além disso, muitos espanhóis tentaram defender os nativos, denunciando as violências cometidas. O bispo Frei Bartolomé de Las Casas foi o maior nome na defesa dos índios contra a violência espanhola. Mesmo assim, a mortalidade foi gigantesca e estima-se que cerca de 80% da população nativa original tenha morrido durante o século da conquista.


Não podemos julgar ou condenar pessoas ou povos do presente pelo que foi feito há céculos passados. 

8º ano E F - Independência da América Espanhola

Assista o vídeo, leia o texto e responda o questionário.


Independência da América Espanhola

Por Rainer Sousa - Mestre em História (texto adaptado)

A elite letrada da América Espanhola inspirou-se no conjunto de ideias iluministas. A grande maioria desses intelectuais era de origem criolla, ou seja, filhos de espanhóis nascidos na América desprovidos de amplos direitos políticos nas grandes instituições do mundo colonial espanhol. Por estarem politicamente excluídos, enxergavam no iluminismo uma resposta aos entraves legitimados pelo domínio espanhol, ali representado pelos chapetones (Os chapetones eram colonos nascidos na Espanha que viviam na América).

Ao mesmo tempo em que houve toda essa efervescência ideológica em torno do iluminismo e do fim da colonização, a pesada rotina de trabalho dos índios, escravos e mestiços também contribuiu para o processo de independência. As péssimas condições de trabalho e a situação de miséria já tinham, antes do processo definitivo de independência, mobilizado setores populares das colônias hispânicas. Dois claros exemplos dessa insatisfação puderam ser observados durante a Rebelião Tupac Amaru (1780/Peru) e o Movimento Comunero (1781/Nova Granada).

Os dois dos maiores líderes criollos da independência foram Simon Bolívar e José de San Martin. Organizando exércitos pelas porções norte e sul da América, ambos sequenciaram a proclamação de independência de vários países latino-americanos.

No ano de 1826, com toda América Latina independente, as novas nações reuniram-se no Congresso do Panamá. Nele, Simon Bolívar defendia um amplo projeto de solidariedade e integração político-econômica entre as nações latino-americanas, que ficou conhecido como Bolivarianismo. No entanto, Estados Unidos e Inglaterra se opuseram a esse projeto, que ameaçava seus interesses econômicos no continente. Com isso, a América Latina acabou mantendo-se fragmentada.

O desfecho do processo de independência, no entanto, não significou a radical transformação da situação socioeconômica vivida pelas populações latino-americanas. A dependência econômica em relação às potências capitalistas e a manutenção dos privilégios das elites locais fizeram com que muitos dos problemas da antiga América Hispânica permanecessem presentes ao longo da História latino-americana.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/independencia-america-espanhola.htm acesso em 25/06/2020.


América espanhola

Mapa; América político (atual)


quarta-feira, 24 de junho de 2020

6º ano E F - Civilizações pré-colombianas.

Para começar, reflita sobre a seguinte questão (não precisa responder agora):

O que significa povos pré- colombianos?... Pensou, vamos para as atividades.

Agora observe a imagem, assista os vídeos, leia os textos e responda o questionário.

Maias

Os maias surgiram por volta de 1200 a.C. e sua cultura passou por três períodos. Considerada uma das civilizações mais avançadas do México pré-colombiano, os maias criaram um complexo sistema matemático e realizaram complexos cálculos astronômicos. Politicamente, organizavam-se em cidades-estado, o que significa que os maias nunca formaram um império com fronteiras consolidadas. O poder dos reis estendia-se, exclusivamente, sobre os domínios de suas cidades e cidades-satélite*, caso houvesse alguma. Sobreviviam da agricultura, e seu principal alimento era o milho.

Astecas

Os astecas foram uma civilização pré-colombiana e desenvolveram-se na Mesoamérica. A capital dos astecas era a cidade de Tenochtitlán, conhecida por sua grandeza e localizada onde hoje fica a Cidade do México, capital do México. Os astecas ficaram conhecidos por formarem uma civilização com estilo de vida sofisticado. Foram dominados pelos espanhóis em 1521.
A sociedade asteca era estratificada, portanto, era dividida em classes sociais organizadas de acordo com seu poderio econômico. No topo da sociedade, estavam o imperador e sua família, seguidos de sacerdotes e funcionários de estado, que formavam a elite. Outros grupos que constituíam a sociedade asteca eram comerciantes, artesãos, camponeses e escravos. Esse conhecimento que os historiadores têm acerca da sociedade asteca foi possível graças aos códices, documentos astecas que descreviam o cotidiano e o modo de vida asteca.

Incas

A sociedade inca desenvolveu-se nas encostas da cordilheira dos Andes. Hoje, essas terras compreendem o Peru, a Colômbia, o Equador, o oeste da Bolívia, o norte do Chile e o noroeste da Argentina.
O Inca, filho do deus do Sol, misto de deus e imperador, reunia centenas de tribos sob sua autoridade. O imperador era o guardião dos bens do Estado, especialmente da terra e submetia a sociedade ao rigor de suas decisões. Abaixo do imperador estavam seus parentes, os nobres, e os escolhidos para ocupar os postos de comando, como governadores de províncias, chefes militares, sábios, juízes e sacerdotes. A camada seguinte era formada de funcionários públicos e trabalhadores especializados, como ourives, marceneiros, pedreiros etc. Na base da hierarquia estavam os agricultores.
A economia inca era baseada no trabalho coletivo e adaptado à idade de cada um. O alicerce da economia era a agricultura, desenvolvida especialmente na zona montanhosa dos Andes.
A economia inca era baseada no trabalho coletivo e adaptado à idade de cada um. O alicerce da economia era a agricultura cultivada no sistema de terraços – espécie de degraus construídos com paredes de pedras.
As terras estatais eram cultivadas por todos os campos e a produção era armazenada para sustentar a nobreza, os sacerdotes e os militares. Os excedentes eram estocados em armazéns instalados ao longo de todo o império e repartidos em tempo de carência ou épocas de calamidades.

Para prestar conta dos impostos recolhidos e controlar a produção era usado o quipu, que significa nó, em quéchuca. O quipo consistia num cordão, no qual estava presa uma série de pequenos cordões coloridos, pendurados em forma de franja e com vários nós.


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6º ano E F - Projeto de Vida (PV) - Determinação

Determinação

Reforçando os pontos fortes e os que ainda precisam fortalecer.

Esta atividade também se encontra no Caderno do aluno Vol. II (apostila do 2º bimestre) e está na página 71.

Se preferir, pode fazer essa atividade no Caderno do Aluno (apostila) e no seu caderno de Projeto de Vida. Nesse caso, tire uma foto legível da atividade em envie para o professor pelo WhatsApp 13 981948089 ou pelo e-mail adriano.igp@gmail.com


  1. Responda as questões para que você possa entender melhor seu perfil de estudante.
  2. Responda as questões levando em conta todas as disciplinas.


Se preferir fazer por aqui é só clicar no local indicado abaixo.

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terça-feira, 23 de junho de 2020

Questionário sobre as aulas de História

Este questionário tem como objetivo captar informações dos(as) alunos(as) para aprimoramento ou mudanças nas dinâmicas das aulas de História.  

quinta-feira, 18 de junho de 2020

8º ano E F - A vinda da Corte portuguesa ao Brasil e o período Joanino

Assista o vídeo, leia o texto e clique no local indicado para acessar o questionário.



Impulsionados pelas tropas de Napoleão Bonaparte que além de imporem o bloqueio continental impedindo as trocas comerciais com os ingleses, ameaçavam também invadir Portugal. O Príncipe regente D. João VI, a sua mãe Dona Maria I e toda a corte portuguesa com o apoio da Inglaterra, transferiram-se para o Brasil em aproximadamente 34 embarcações.

Eles decidiram que essa via seria a melhor estratégia para não perderem o território de Portugal para a França, continuando aliados da Inglaterra (importando e exportando produtos) e claro não perderem o Brasil, que era a sua colônia mais rica para os independentistas, já que a maioria das colônias da América Latina tinha tomado essa posição. Através dessa decisão era possível continuar comercializando com países aliados, manter seus lucros e não perder o reinado.

Os navios portugueses chegaram ao Brasil à costa da Bahia a 18 de janeiro de 1808 e foram recebidos em meio a muita festa. Depois desembarcaram no Rio de Janeiro em 8 de março de 1808, onde ficaram hospedados na residência do Governador, a Quinta da Boa vista. Os outros membros da corte também foram muito bem recebidos e se apossaram das melhores casas que havia até então na colônia.

A primeira decisão tomada por D. João VI em território brasileiro foi a abertura dos portos para comercialização dos produtos com outras potencias europeias. Contrariou a mãe assinando o estabelecimento de indústria e manufaturas no Brasil para impulsionar a modernização do país, proporcionando a instalação de fábricas nos Estados de São Paulo e Minas Gerais.
Fundou o Banco do Brasil, Jardim Botânico, Academia Real Militar, Bibliotecas, construções de teatros, Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro, Imprensa brasileira (autorização para publicação de jornais), pavimentação de ruas, construção de casas, edificação de universidades e Museus (Real e Nacional). Além disso trouxe vários artistas como Debret para retratar diversos acontecimentos da época no geral.

As unidades de federação ao invés de se chamarem capitanias hereditárias passaram a se chamar províncias e o Brasil foi elevado a Reino Unido de Portugal e Algarves, que em relação à extensão territorial foi um dos maiores do mundo. Ainda nesta época, o Brasil ocupou a Guiana Francesa (que só foi devolvida à França em 1817) e tomou o território do Uruguai ao Sul do país, que passou a se chamar província da Cisplatina.

Mas como tudo não é um mar de rosas, por volta de 1816 os pernambucanos se revoltaram contra a corte portuguesa, alegando que eles eram o centro dos lucros do reino através da produção da cpara acessar o questionárioana- de açúcar e sentiam-se obrigados e enviar dinheiro ao Rio de Janeiro para manterem todos os seus luxos. A partir de então, começam a surgir alguns movimentos independentistas do período que foram contidos através das tropas portuguesas.

A partir de 1815, como resposta à pressão que sofria dos países membros do Congresso de Viena, D. João VI elevou o Brasil para a condição de reino, assim, foi formado o Reino de Portugal, do Brasil e Algarves. D. João VI sofria pressão ainda para retornar para Portugal, uma vez que as turbulências do período napoleônico haviam sido finalizadas.

Por fim, o retorno do rei português para Portugal aconteceu como consequência dos eventos da Revolução Liberal do Porto. As cortes portuguesas iniciaram uma série de mudanças de caráter liberal em Portugal a partir de 1820 e exigiram o retorno imediato do rei D. João VI para Lisboa. O rei, temendo perder o trono português, regressou para Lisboa, deixando seu filho, Pedro, como regente do Brasil. As medidas tomadas pelas cortes portugueses e as pressões que foram realizadas depois sobre Pedro de Alcântara levaram-no a conduzir o processo de independência do Brasil.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

9º ano E F - As trincheiras da Primeira Guerra Mundial

Assista o vídeo, leia os textos, observe as imagens e clique no local indicado para acessar o questionário. A atividade só será consolidada mediante questionário respondido.




A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar.
Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.
Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.
O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

O início da Grande Guerra
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.

Política de Alianças
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.

Desenvolvimento
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.

Fim do conflito
Em 1917, ocorreu um fato histórico de extrema importância: a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França.
Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes, que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada,  perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.
A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial

assista um dos vídeos para saber um pouco do assunto. 

O primeiro vídeo é mais sério, o segundo mais descontraído, mas se preferir, assista os dois.


7º ano E F - Cultura africana e seus aspectos gerais

Assista o vídeo, leia o texto, observe as imagens e clique no local indicado para responder as questões.


Cultura africana e seus aspectos gerais

A cultura africana tem uma principal característica: a diversidade. A África é o continente habitado há mais tempo em todo o planeta, é o ponto de origem do ser humano e, durante todo o tempo de evolução agregou uma enorme quantidade de idiomas, com mais de mil línguas diferentes, assim como religiões, regimes políticos, condições de habitação, de atividades econômicas e de cultura.
Atualmente, a África, que ocupa um quinto das terras emersas na Terra, possui mais de 50 nações, com mais de 1 bilhão de habitantes.
A cultura africana sempre foi preservada através da tradição oral, mas isso não significa que todos os povos africanos desconheciam a escrita. De uma maneira geral, os africanos praticavam a agricultura, a caça e a pesca, vivendo em comunidades fixas ou nômades, formando pequenas tribos ou grandes reinos, e tendo como chefes políticos, muitas vezes, o sumo sacerdote de suas religiões.
Os principais aspectos da cultura africana são evidenciados, portanto, por sua tradição oral e pelo meio em que viviam, onde se misturavam elementos espirituais e materiais, de acordo com o ambiente em que viviam.
A cultura africana sempre reverenciou os espíritos das florestas, das pedras e aceitavam a coexistência com forças desconhecidas da natureza, fazendo com que cada povo tivesse uma origem mitológica para explicar as próprias origens.

A cultura africana e as religiões
Atualmente, muitos países africanos mantém religiões vindas dos povos colonizadores, como o islamismo e o cristianismo, mas as religiões tradicionais ainda estão presentes, embora, em sua maioria, sejam vistas como práticas de magia e feitiçaria.
Contudo, as religiões tradicionais da cultura africana não possuem nada disso. Pelo contrário, são voltadas para o culto dos antepassados e para as divindades da natureza, como o culto aos Orixás, as divindades das culturas Nagô e Iorubá, englobando uma grande variedade de ritos e crenças.

A cultura africana e suas criações
De uma maneira geral, a produção artística da cultura africana tem um valor simbólico, com peças usadas para adorno corporal, trajes típicos e itens de uso sagrado ou para as atividades cotidianas.
Os produtos da cultura africana se voltam para os antepassados, com figuras geométricas e antropomórficas (semelhante ao homem; de aspecto ou aparência semelhante ao da espécie humana), ou uma mistura de figuras humanas com animais, sempre voltadas para o ensinamento e para a preservação das tradições.
Além da produção de artesanato, os povos africanos possuem uma grande variedade de danças e músicas, sempre marcadas pelos batuques e pelos movimentos corporais, imitando animais ou os próprios Orixás.
O grande destaque da cultura africana, principalmente no Brasil, vem de sua culinária, sempre temperada com muitos condimentos, com aromas fortes e picantes, com a elaboração de pratos exóticos compostos de carnes, legumes e verduras, insetos e os óleos de palmeira e de dendê, além do leite de coco.

A cultura africana no Brasil
O Brasil teve intensa influência da cultura africana pela diversidade de escravos de povos diferentes, o que se refletiu diretamente nos aspectos culturais que se desenvolveram nas diversas regiões de nosso país.
A maior parte dos escravos que vieram da África eram das raças Banto, Nagô, Jejes, Hauçás e Malés, que trouxeram a influência do candomblé, a religião afro-brasileira baseada no culto dos Orixás, de onde surgiram também a Umbanda e a Capoeira.
Na nossa culinária, a influência da cultura africana está sempre presente, mas é na área musical que o Brasil ganhou mais com a cultura desses povos: a música africana é a origem dos mais famosos ritmos brasileiros, como o samba, o maxixe e a bossa nova.


As meninas Maasai do Quênia participam da cerimônia de Eunoto - a passagem de seus namorados guerreiros para a velhice. Seus colarinhos e tiaras de miçangas são projetados para saltar ritmicamente para melhorar os movimentos do corpo. Tradicionalmente, uma garota Maasai pode selecionar três amantes entre os guerreiros. Esta é a única vez em sua vida em que ela pode desfrutar de relacionamentos livremente escolhidos. 1985


Fonte: https://www.geledes.org.br/cultura-africana/ - acesso em 17/06/2020.

6º ano E F (PV) - Organização e foco para a aprendizagem.


Assista o vídeo e reflita sobre a frase: 

"Muito desgaste sem planejamento"


Dicas para organizar seus estudos:
  1. Defina sua rotina de casa;
  2. Defina o objetivo de seus estudos;
  3. Defina prazos e metas para cumprimento dos objetivos;
  4. Escolha seus horários e local de estudo;
  5. Faça pausas durante os estudos;
  6. Faça avaliações e autoavaliações;
  7. Reveja semanalmente seus objetivos, procurando sempre adequá-los ao seu Projeto de Vida.

Para realizar o seu sonho é preciso levar em consideração:
  • O estudo pode te auxiliar a realizar seus sonhos.
  • A escola também pode te ajudar a realizar seus sonhos.
  • Os componentes curriculares (disciplinas) são importantes para o desenvolvimento dos estudos; logo, são instrumentos para que você alcance seus sonhos.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

6º ano E F - Tipos de linguagens e registros nas sociedades antigas.

Assista o vídeo que trás uma breve história da escrita, leia o conteúdo e clique no local indicado para acessar o questionário.


A história da escrita tem início há milhares de anos quando o homem sente a necessidade de registar não só acontecimentos, mas particularmente operações primitivas de comércio. Dada a sua importância, a escrita marca o encerramento da Pré-História e o início da História. Houve diversas formas de escritas, as quais evoluindo, deram origem à escrita como a conhecemos atualmente.

Essas transcrições foram evidenciadas nos sinais deixados nas paredes das cavernas, mas elas não podem ser consideradas a escrita propriamente dita, visto não seguirem uma forma padronizada de representação. As pinturas rupestres eram desenhos simbólicos, os quais objetivavam representar coisas, quer sejam animais, objetos ou pessoas. Por não haver organização, cada pessoa sinalizava o que pretendia expressar de uma forma diferente, aleatória. Especialmente por esse motivo, essa tentativa de comunicar dos primórdios não era muitas vezes compreensível por todos, de modo que, com o passar do tempo, esses sinais deixavam de atender as necessidades de comunicação.

Escrita Cuneiforme

Era essencial que a informação fosse compreendida. Assim, por volta de 3000 a.C. surge a primeira forma de escrever - a escrita cuneiforme - a qual tem origem na antiga Mesopotâmia com os sumérios. A escrita cuneiforme é uma forma de escrita pictográfica (representação por desenhos), que caracteriza o tipo de escrita feita com objetos em formato de cunha, por isso ser assim chamada. Era representada por cerca de 2000 símbolos, escritos da direita para a esquerda. Durante três mil anos a escrita cuneiforme foi utilizada por cerca de quinze diferentes línguas, incluindo o sumério, o sírio e o persa e enquanto ela se expandia pelo Oriente Médio, outras formas de escrita eram desenvolvidas no Egito e na China.

Escrita Hieroglífica

Com base na escrita cuneiforme são elaborados os hieróglifos. Não se sabe, todavia, onde e quando exatamente a escrita egípcia teria começado. Na escrita hieroglífica alguns sinais assumiram uma representação fonográfica, às vezes de uma letra, outras vezes de palavras inteiras. Trata-se de uma escrita complexa e era utilizada em representações religiosas. Além dessa, os egípcios desenvolveram sucessivamente outras formas de escrita, a Hierática - utilizada especialmente em textos literários, administrativos e jurídicos, bem como a Demótica - semelhante à hierática, porém mais simples, utilizada também em documentos jurídicos.

A Pedra de Roseta

É um pedaço de granito encontrado em 1799 nos arredores da cidade de Roseta, no Egito, e que foi a chave para o entendimento dos hieróglifos. Ela foi achada por soldados franceses durante a invasão de Napoleão Bonaparte, que queria interromper as rotas da Inglaterra para as Índias. Em 1801, no entanto, os ingleses derrotaram as tropas de Napoleão, e a França foi obrigada a lhes entregar a pedra, que hoje pertence ao acervo do Museu Britânico, em Londres. A pedra data de 196 a.C., quando o Egito era controlado pelos gregos (o chamado período ptolomaico). Ela contém o mesmo texto em três grafias, hieróglifos, grego antigo e demótico. Isso permitiu a decodificação dos antigos símbolos egípcios, que foram usados por mais de 3 mil anos. O inglês Thomas Young chegou perto ao da façanha ao constatar a repetição do nome do faraó da época, Ptolomeu 5º. Mas quem decifrou tudo foi o francês Jean-François Champollion, em 1822. Sem nunca ter visto a pedra, ele analisou cópias e identificou que os hieróglifos eram uma escrita fonética, ou seja, os símbolos poderiam representar mais de um som.

Escrita Chinesa

A escrita chinesa é uma das mais antigas conhecidas na história da humanidade e a única língua arcaica ainda viva. É um fator de conexão da nacionalidade e também uma ligação entre a China e outras nações. A China é um país que reúne uma grande diversidade de povos, culturas, línguas e de escritas. Nas cédulas de yuan, por exemplo, pode-se ler a frase “Banco do Povo da China” em quatro línguas e sistemas de escritas distintos.

Glifos da América Central

Na América Central foram encontrados registos de escrita deixados pela civilização maia, os quais se referiam especialmente a registos de dados históricos, tais como guerras e casamentos.

Alfabeto

A representação fonética foi desenvolvida pelos fenícios. A análise promovida por esse povo deu origem a 22 sinais, aos quais foram acrescentadas as vogais pelos gregos, ao mesmo tempo que foram abandonadas as letras cujos sons não existiam nessa cultura, passando, assim, a ser representada por 24 sinais. Dessa evolução surge o nosso alfabeto, que tem origem no sistema greco-romano.


Clique AQUI para acessr o questionário 

sexta-feira, 12 de junho de 2020

6° ano E F (PV) - Demonstrando talentos

Assista o vídeo e leia as orientações para esta atividade que deverá ser realizada até o dia 19 de junho, a próxima sexta feira.

A habilidade que você terá que desenvolvendo se relaciona as competências socioemocionais.



Nesta atividade você irá fazer uma demonstração de seu talento, isso mesmo, demonstrar sua potencialidade, ou seja, aquilo que você sabe fazer bem feito.

Primeiramente, como já trabalhado na atividade anterior, você irá pensar sobre questões como: Qual é o meu talento? O que sei fazer muito bem feito? Em que sou bom(a)? O que sei fazer com competência?

Não precisa responder e sim realizar a atividade demonstrando seu talento.

Exemplos de talentos:
cantar;
ler;
escrever;
desenhar;
pintar;
dançar;
contar histórias;
jogos e modalidades esportivas;
resolver cálculos matemáticos.

Esses são alguns exemplos, você pode ter um talento que não consta entre os exemplos, mas se for o caso, faça sua demonstração.

Se tem dúvidas e não sabe qual é seu talento, peça ajuda a um amigo(a) ou famiares. Pense naquilo que você mais gosta de fazer, pois pode estar relacionado com um talento que você nem sabe que tem. Por muitas vezes, o tento é algo para descobrir.

Envie a atividade para o professor. O envio pode ser feito pelo Whatsapp (privado) ou e-mail (radriano@prof.educacao.sp.gov.br

Não cabe esqueça de se identificar a atividade com nome e turma.

Até a próxima!!!


terça-feira, 9 de junho de 2020

9° ano E F - Imperialismo e a Primeira Guerra Mundial

Assista os vídeos e acesse o link no local indicado para responder o questionário.



NEOCOLONIALISMO/IMPERIALISMO

A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar regiões na África e Ásia.

Gradativamente, os governos europeus intervieram politicamente nessas regiões com o interesse de atender a demanda de seus grandes conglomerados industriais. Distinto do colonialismo do século XVI, essa nova modalidade de exploração pretendia fazer das áreas dominadas grandes mercados de consumo de seus bens industrializados e, ao mesmo tempo, pólos de fornecimento de matéria-prima. Além disso, o grande crescimento da população européia fez da dominação afro-asiática uma alternativa frente ao excedente populacional da Europa que, no século XIX, abrigava mais de 400 milhões de pessoas.

Apesar de contarem com grandes espaços de dominação, o controle das regiões alvo da prática neocolonial impulsionou um forte acirramento político entre as potências européias. Os monopólios comerciais almejados pelas grandes potências industriais fizeram do século XIX um período marcado por fortes tensões políticas. Em conseqüência à intensa disputa dos países europeus, o século XX abriu suas portas para o primeiro conflito mundial da era contemporânea.

Somado aos interesses de ordem político-econômica, a prática imperialista também buscou suas bases de sustentação ideológica. A teoria do darwinismo social, de Hebert Spencer, pregava que a Europa representava o ápice do desenvolvimento das sociedades humanas. Em contrapartida, a África e a Ásia eram um grande reduto de civilizações “infantis” e “primitivas”. Influenciado por esse mesmo conceito, o escritor britânico Rudyard Kipling defendia que o repasse dos “desenvolvidos” conceitos da cultura européia aos afro-asiáticos representava “o fardo do homem branco” no mundo.

Com relação à África, podemos destacar a realização da Conferência de Berlim (1884 – 1885) na qual várias potências européias reuniram-se com o objetivo de dividir os territórios coloniais no continente africano. Nessa região podemos destacar o marcante processo de dominação britânica, que garantiu monopólio sob o Canal de Suez, no Norte da África. Fazendo ligação entre os mares Mediterrâneo e Vermelho, essa grande construção foi de grande importância para as demandas econômicas do Império Britânico. Na região sul, os britânicos empreenderam a formação da União Sul-Africana graças às conquistas militares obtidas na Guerra dos Bôeres (1899 – 1902).

Na Índia, a presença britânica também figurava como uma das maiores potências coloniais da região. Após a vitória na Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763), a Inglaterra conseguiu formar um vasto império marcado por uma pesada imposição de sua estrutura político-administrativa. A opressão inglesa foi alvo de uma revolta nativa que se deflagrou na Guerra dos Sipaios, ocorrida entre 1735 e 1741. Para contornar a situação, a Coroa Inglesa transformou a colônia indiana em parte do Império Britânico.

Resistindo historicamente ao processo de ocupação, desde o século XVI, o Japão conseguiu impedir por séculos a dominação de seus territórios. Somente na segunda metade do século XIX, que as tropas militares estadunidenses conseguiram forçar a abertura econômica japonesa. Com a entrada dos valores e conceitos da cultura ocidental no Japão, ocorreu uma reforma político-econômica que industrializou a economia e as instituições do país. Tal fato ficou conhecido como a Revolução Meiji.

Com tais reformas, o Japão saiu de sua condição econômica feudal para inserir-se nas disputas imperialistas. Em 1894, os japoneses declararam guerra à China e passaram a controlar a região da Manchúria. Igualmente interessados na exploração da mesma região, os russos disputaram a região chinesa na Guerra Russo-Japonesa, de 1904. Após confirmar a dominação sob a Manchúria, os japoneses também disputaram regiões do oceano Pacífico com os EUA, o que acarretou em conflitos entre essas potências, entre as décadas de 1930 e 1940.

Outras guerras e conflitos foram frutos do neocolonialismo. Entre elas, podemos inclusive destacar a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Por fim, percebemos que a solução obtida pelas nações industriais frente à questão de sua superprodução econômica teve conseqüências desastrosas. O imperialismo foi responsável por uma total desestruturação das culturas africanas e asiáticas. Na atualidade vemos que as guerras civis e os problemas sócio-econômicos dessas regiões dominadas têm íntima relação com a ação imperialista.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/neocolonialismo.htm - acesso em 21/06/2021.



quinta-feira, 4 de junho de 2020

8º ano E F - A Revolução Industrial e os impactos no mundo do trabalho no passado e no presente

Para começar, assista o vídeo e em seguida leia o texto.




A Revolução Industrial
Por Cristiana Gomes

As máquinas foram inventadas, com o propósito de poupar o tempo do trabalho humano. Uma delas era a máquina a vapor que foi construída na Inglaterra durante o século XVIII. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os lucros também cresceram. Vários empresários; então, começaram a investir nas indústrias.
As máquinas foram inventadas, com o propósito de poupar o tempo do trabalho humano. Uma delas era a máquina a vapor que foi construída na Inglaterra durante o século XVIII. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os lucros também cresceram. Vários empresários; então, começaram a investir nas indústrias.
Com tanto avanço, as fábricas começaram a se espalhar pela Inglaterra trazendo várias mudanças. Esse período é chamado pelos historiadores de Revolução Industrial e ela começou na Inglaterra.

A burguesia inglesa era muito rica e durante muitos anos continuou ampliando seus negócios de várias maneiras:
  • financiando ataques piratas (corsários);
  • traficando escravos;
  • emprestando dinheiro a juros;
  • pagando baixos salários aos artesãos que trabalhavam nas manufaturas;
  • vencendo guerras;
  • comercializando produtos;
  • impondo tratados a países mais fracos.
Os ingleses davam muita importância ao comércio (quanto mais comércio havia, maior era a concorrência). Quando se existe comércio, existe concorrência e para acabar com ela, era preciso baixar os preços. Logo, a burguesia inglesa começou a aperfeiçoar suas máquinas e a investir nas indústrias.
Vários camponeses foram trabalhar nas fábricas e formaram uma nova classe social: o proletariado.
O desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, pois os produtos eram confeccionados com mais rapidez nas fábricas.
A valorização da ciência, a liberdade individual e a crença no progresso incentivaram o homem a inventar máquinas.
O governo inglês dava muita importância à educação e aos estudos científicos e isso também favoreceu as descobertas tecnológicas.
Graças à Marinha Inglesa (que era a maior do mundo e estava em quase todos os continentes) a Inglaterra podia vender seus produtos em quase todos os lugares do planeta.
No século XIX a Revolução Industrial chegou até a França e com o desenvolvimento das ferrovias cresceu ainda mais.
Em 1850, chegou até a Alemanha e só no final do século XIX; na Itália e na Rússia, já nos EUA, o desenvolvimento industrial só se deu na segunda metade do século XIX.
No Japão, só nas últimas décadas do século XIX, quando o Estado se ligou à burguesia (o governo emprestava dinheiro para os empresários que quisessem ampliar seus negócios, além de montar e vender indústrias para as famílias ricas), é que a industrialização começou a crescer. O Estado japonês esforçava-se ao máximo para incentivar o desenvolvimento capitalista e industrial.
Adam Smith (pensador escocês) escreveu em 1776 o livro “A Riqueza das Nações”, nessa obra (que é considerada a obra fundadora da ciência econômica), Smith afirma que o individualismo é bom para toda a sociedade.
Para ele, o Estado deveria interferir o mínimo possível na economia. Adam Smith também considerava que as atividades que envolvem o trabalho humano são importantes e que a indústria amplia a divisão do trabalho aumentando a produtividade, ou seja, cada um deve se especializar em uma só tarefa para que o trabalho renda mais.
A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores viviam na miséria.
Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco, a jornada de trabalho variava de 14 a 16 horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas por dia para as crianças.
Enquanto os burgueses se reuniam em grandes festas para comemorar os lucros, os trabalhadores chegavam à conclusão que teriam que começar a lutar pelos seus direitos.
O chamado Ludismo foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. O movimento ludita era formado por grupos de trabalhadores que invadiam as fábricas e quebravam as máquinas.
Os ludistas conseguiram algumas vitórias, por exemplo, alguns patrões não reduziram os salários com medo de uma rebelião.
Além do ludismo , surgiram outras organizações operárias, além dos sindicatos e das greves.
Em 1830, formou-se na Inglaterra o movimento cartista. Os cartistas redigiram um documento chamado “Carta do Povo” e o enviaram ao parlamento inglês. A principal reivindicação era o direito do voto para todos os homens (sufrágio universal masculino), mas somente em 1867 esse direito foi conquistado.
Thomas Malthus foi um economista inglês que afirmava que o crescimento da população era culpa dos pobres que tinham muitos filhos e não tinham como alimentá-los. Para ele, as catástrofes naturais e as causadas pelos homens tinham o papel de reduzir a população, equilibrando, assim, a quantidade de pessoas e a de comida.
Além disso, Malthus criticava a distribuição de renda. O seu raciocínio era muito simples: os responsáveis pelo desenvolvimento cultural eram os ricos e cobrar impostos deles para ajudar os pobres era errado, afinal de contas era a classe rica que patrocinava a cultura.
O Parlamento inglês (que aparentemente pensava como Malthus) adotou, em 1834, uma lei que abolia qualquer tipo de ajuda do governo aos pobres. A desculpa usada foi a que ajudando os pobres, a preguiça seria estimulada. O desamparo serviria como um estímulo para que eles procurassem emprego.

A revolução Industrial mudou a vida da humanidade

A vida nas cidades se tornou mais importante que a vida no campo e isso trouxe muitas consequências: nas cidades os habitantes e trabalhadores moravam em condições precárias e conviviam diariamente com a falta de higiene, isso sem contar com o constante medo do desemprego e da miséria.
Por um outro lado, a Revolução Industrial estimulou os pesquisadores, engenheiros e inventores a aperfeiçoar a indústria. Isso fez com que surgisse novas tecnologias: locomotivas a vapor, barcos a vapor, telégrafo e a fotografia.

As principais causas da Revolução Industrial na Inglaterra foram:
  • hegemonia naval inglesa e posição geográfica estratégica;
  • ausência de barreiras alfandegárias (zona de livre comércio da Europa);
  • crescimento demográfico na Europa;
  • aumento do êxodo rural (mão-de-obra barata);
  • fim da monarquia e do absolutismo na Inglaterra;
  • surgimento do parlamentarismo;
  • aumento da riqueza e acúmulo de capital;
  • fortalecimento e investimento da burguesia;
  • progresso técnico e científico;
  • invenção da máquina de fiar, tear mecânico e da máquina a vapor;
  • grande disponibilidade de matéria-prima na Inglaterra;
  • crescimento do mercado consumidor mundial;
  • influência do Iluminismo e revolução intelectual;
  • introdução do liberalismo político e econômico.




Os impactos das tecnologias no passado e no presente

Assista o vídeo

Os Incas

  Vista da antiga cidade Inca, Machu Picchu, no Peru. Originalmente os incas eram um clã da tribo dos quíchuas, localizado na região de Cusc...