Cultura
africana e seus aspectos gerais
A cultura africana tem uma principal característica: a
diversidade. A África é o continente habitado há mais tempo em todo o planeta,
é o ponto de origem do ser humano e, durante todo o tempo de evolução agregou
uma enorme quantidade de idiomas, com mais de mil línguas diferentes, assim
como religiões, regimes políticos, condições de habitação, de atividades
econômicas e de cultura.
Atualmente, a África, que ocupa um quinto das terras emersas
na Terra, possui mais de 50 nações, com mais de 1 bilhão de habitantes.
A cultura africana sempre foi preservada através da tradição
oral, mas isso não significa que todos os povos africanos desconheciam a
escrita. De uma maneira geral, os africanos praticavam a agricultura, a caça e
a pesca, vivendo em comunidades fixas ou nômades, formando pequenas tribos ou
grandes reinos, e tendo como chefes políticos, muitas vezes, o sumo sacerdote
de suas religiões.
Os principais aspectos da cultura africana são evidenciados,
portanto, por sua tradição oral e pelo meio em que viviam, onde se misturavam
elementos espirituais e materiais, de acordo com o ambiente em que viviam.
A cultura africana sempre reverenciou os espíritos das florestas,
das pedras e aceitavam a coexistência com forças desconhecidas da natureza,
fazendo com que cada povo tivesse uma origem mitológica para explicar as
próprias origens.
A cultura africana e as religiões
Atualmente, muitos países africanos mantém religiões vindas
dos povos colonizadores, como o islamismo e o cristianismo, mas as religiões
tradicionais ainda estão presentes, embora, em sua maioria, sejam vistas como
práticas de magia e feitiçaria.
Contudo, as religiões tradicionais da cultura africana não
possuem nada disso. Pelo contrário, são voltadas para o culto dos antepassados
e para as divindades da natureza, como o culto aos Orixás, as divindades das
culturas Nagô e Iorubá, englobando uma grande variedade de ritos e crenças.
A cultura africana e suas criações
De uma maneira geral, a produção artística da cultura
africana tem um valor simbólico, com peças usadas para adorno corporal, trajes
típicos e itens de uso sagrado ou para as atividades cotidianas.
Os produtos da cultura africana se voltam para os
antepassados, com figuras geométricas e antropomórficas (semelhante
ao homem; de aspecto ou aparência semelhante ao da espécie humana), ou uma mistura de
figuras humanas com animais, sempre voltadas para o ensinamento e para a
preservação das tradições.
Além da produção de artesanato, os povos africanos possuem
uma grande variedade de danças e músicas, sempre marcadas pelos batuques e
pelos movimentos corporais, imitando animais ou os próprios Orixás.
O grande destaque da cultura africana, principalmente no
Brasil, vem de sua culinária, sempre temperada com muitos condimentos, com
aromas fortes e picantes, com a elaboração de pratos exóticos compostos de
carnes, legumes e verduras, insetos e os óleos de palmeira e de dendê, além do
leite de coco.
A cultura africana no Brasil
O Brasil teve intensa influência da cultura africana pela
diversidade de escravos de povos diferentes, o que se refletiu diretamente nos
aspectos culturais que se desenvolveram nas diversas regiões de nosso país.
A maior parte dos escravos que vieram da África eram das
raças Banto, Nagô, Jejes, Hauçás e Malés, que trouxeram a influência do
candomblé, a religião afro-brasileira baseada no culto dos Orixás, de onde
surgiram também a Umbanda e a Capoeira.
Na nossa culinária, a influência da cultura africana está
sempre presente, mas é na área musical que o Brasil ganhou mais com a cultura
desses povos: a música africana é a origem dos mais famosos ritmos brasileiros,
como o samba, o maxixe e a bossa nova.
As meninas Maasai do Quênia participam da cerimônia de Eunoto
- a passagem de seus namorados guerreiros para a velhice. Seus colarinhos e
tiaras de miçangas são projetados para saltar ritmicamente para melhorar os
movimentos do corpo. Tradicionalmente, uma garota Maasai pode selecionar três
amantes entre os guerreiros. Esta é a única vez em sua vida em que ela pode
desfrutar de relacionamentos livremente escolhidos. 1985
Fonte: https://www.geledes.org.br/cultura-africana/ - acesso em 17/06/2020.
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