quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Atividades do Festival Afro Minuto - Flink Sampa 2021

 As atividades, aqui apresentadas, foram realizadas por estudantes das escolas estaduais Clodonil Cardoso e Profa. Dinorá Rocha, ambas do município de Iguape - SP.






segunda-feira, 21 de junho de 2021

Período Joanino

 Assista o vídeo, leia o texto e responda as questões clicando no local indicado.

Em janeiro de 1808 e com o apoio da Inglaterra, a família real portuguesa chegou ao Brasil. Cerca de 15 mil pessoas vieram com eles, o que totalizou cerca de 2% da população portuguesa da época. Eles se instalaram na capital do Rio de Janeiro e permaneceram durante 12 anos ali.

Ameaçados pela invasão do francês Napoleão Bonaparte, a família Real deixou Portugal para garantir que o país continuasse independente.

Isso porque Napoleão decretou o Bloqueio Continental em 1806, determinando o fechamento dos portos aos navios ingleses.

Portugal, que apoiava a Inglaterra e tinha grande relação comercial com esse país, não se submeteu ao bloqueio. Isso levou a invasão de Napoleão às terras lusitanas.

Sendo assim, em outubro de 1807, D. João e o rei da Inglaterra Jorge III, assinaram um decreto que transferia a sede monárquica de Portugal para o Brasil.

Além disso, Portugal se comprometia a assinar um tratado de comércio com a Inglaterra, quando chegasse ao Brasil.

Foi dessa maneira que em 1808 o Pacto Colonial, um acordo comercial entre a colônia e a metrópole, chega ao fim. Nesse ano, Dom João instituiu a “Carta Régia”, a qual permitia a abertura dos portos a outras nações amigas, inclusive a Inglaterra.

Diante disso, a economia do país alavancou, no entanto, impediu o desenvolvimento das manufaturas no Brasil. Isso porque grande parte dos produtos eram importados da Inglaterra.

Os produtos ingleses tinham uma menor taxa alfandegária em relação aos outros países. Eles pagavam 15%, enquanto as outras nações cerca de 24%.

Além da economia, o país, e sobretudo a capital, que até então era o Rio de Janeiro, sofreram diversas mudanças.

Muitas obras de caráter público foram erigidas nesse período, por exemplo, a casa da moeda, o banco do Brasil, o jardim botânico, dentre outras.

A Educação no Período Joanino

Na educação e na cultura, esse período marcou diversos avanços nessas áreas. Isso porque muitos investimentos foram feitos, o que podemos confirmar com a construção da Biblioteca Real, da Academia Real de Belas Artes, da Imprensa Real, além das escolas de medicina.

Período Joanino e a Independência do Brasil

Esse período da história do Brasil influenciou diretamente no processo de independência do país.

Isso porque em 1815 a administração do governo joanino extingui a condição de colônia ao Brasil. Foi assim que o páis recebeu o título de “Reino Unido de Portugal e Algarves”, tornando-se a sede administrativa de Portugal.

Esse fato deixou muito descontentes os portugueses que estavam em Portugal. Com isso, eles exigiam o retorno de Dom João IV, que por fim, retorna à Portugal para a Revolução Liberal do Porto, em abril de 1821. Esse evento marcou o fim do período joanino.

Em seu lugar permanece seu filho, Dom Pedro I. O príncipe regente governou o país de 1822 a 1831, estabelecendo em 1824, a primeira Constituição do país.

Quando Portugal exigiu seu retorno, ele se recusou a voltar para a metrópole. Sendo assim, no dia 07 de setembro de 1822, ele declara a Independência do Brasil.

terça-feira, 13 de abril de 2021

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Antes de começar, faça uma reflexão sobre a exploração do trabalho infantil. Para auxiliár na reflexão, assista o seguinrte vídeo sobre o Estatuto da Criaça e do Adolescente (ECA).


 Agora assista este outro vídeo (trailer do filme Tempos Modernos de Charlie Chaplin) 


Por Juliana Bezerra Juliana Bezerra   Professora de História

A Revolução Industrial foi um processo de grandes transformações econômico-sociais que começou na Inglaterra no século XVIII.  O modo de produção industrial se espalhou por grande parte do hemisfério norte durante todo o século XIX e início do século XX.  Produzir mercadorias ficou mais barato e acessível, porém trouxe a desorganização da vida rural e estragos ao meio-ambiente.

Chamamos de Revolução Industrial o processo que levou à substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico (ou artesanal) pelo sistema fabril. O advento da produção em larga escala mecanizada deu início às transformações dos países da Europa e da América do Norte. Estas nações se transformaram em predominantemente industriais e suas populações se concentraram cada vez mais nas cidades.

Causas da Revolução Industrial

·         A expansão do comércio internacional dos séculos XVI e XVII trouxe um extraordinário aumento da riqueza para a burguesia. Isto permitiu a acumulação de capital capaz de financiar o progresso técnico e o alto custo da instalação nas indústrias.

·         A burguesia europeia, fortalecida e enriquecida, passou a investir na elaboração de projetos para aperfeiçoamento das técnicas de produção e na criação de máquinas para a indústria.

·         Logo verificou-se que se obtinha maior produtividade e se aumentavam os lucros quando se empregavam máquinas em grande escala.

Consequências da Revolução Industrial

O longo caminho de descobertas e invenções foi uma forma de distanciar os países entre si, no que diz respeito ao poder econômico e político. Afinal, nem todos se industrializaram ao mesmo tempo, permanecendo na condição de fornecedores de matérias primas e produtos agrícolas para os países industrializados. Essas diferenças marcam até hoje as nações do mundo que são divididas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Uma das maneiras de medir se um país é avançado é avaliar o quanto ele é industrializado.

O pioneirismo inglês

Foi na Inglaterra que o fenômeno da industrialização começou e por isso a Revolução Industrial Inglesa foi pioneira. Vários fatores explicam as razões desta primazia.

A Inglaterra, possuía capital, estabilidade política e equipamentos necessários para tomar a dianteira do avanço da Indústria.

Desde o fim da Idade Média, parte significativa da população se dirigia às cidades devido aos cercamentos (enclousers) do campo. Sem terra, os camponeses acabavam entrando nas fábricas que surgiam. Também tinha colônias na África e na Ásia que garantiam fornecimento de matéria-prima com mão de obra barata.

Primeira Revolução Industrial

A Primeira Revolução Industrial ocorreu em meados do século XVIII e do século XIX. Sua principal característica foi o surgimento da mecanização que operou significativas transformações em quase todos os setores da vida humana.

Na estrutura socieconômica, fez-se a separação definitiva entre o capital, representado pelos donos dos meios de produção, e o trabalho, representado pelos assalariados. Isto eliminou a antiga organização dos grêmios ou guildas que era o modo de produção utilizado pelos artesãos.

Desta maneira, surgem as primeiras fábricas que abrigam num mesmo espaço muitos operários. Cada um deverá operar uma máquina específica para realizar sua tarefa.

Primeira Revolução Industrial

A Primeira Revolução Industrial ocorreu em meados do século XVIII e do século XIX. Sua principal característica foi o surgimento da mecanização que operou significativas transformações em quase todos os setores da vida humana. Na estrutura socieconômica, fez-se a separação definitiva entre o capital, representado pelos donos dos meios de produção, e o trabalho, representado pelos assalariados. Isto eliminou a antiga organização dos grêmios ou guildas que era o modo de produção utilizado pelos artesãos. Desta maneira, surgem as primeiras fábricas que abrigam num mesmo espaço muitos operários. Cada um deverá operar uma máquina específica para realizar sua tarefa.

Segunda Revolução Industrial

A partir do final do século XIX, o capitalismo se tornava cada vez menos competitivo e mais monopolista. Apenas poucas empresas ou países dominavam a produção e o comércio. Era a fase do capitalismo financeiro ou monopolista, característica marcante da Segunda Revolução Industrial. Nesta época, o Império Alemão surge como a grande potência industrial. Com a abundância do minério de ferro e uma cultura militar, os alemães, capitaneados pela Prússia, fazem reformas políticas e econômicas que vão unificar o país e dotá-lo de uma indústria poderosa. Desde então, se estabeleciam as bases do progresso tecnológico e científico, visando a inovação e o constante aperfeiçoamento dos produtos e técnicas, para melhorar o desempenho industrial.

Terceira Revolução Industrial

O ponto culminante do desenvolvimento industrial, em termos de tecnologia, teve início em meados do século XX, por volta de 1950, com o desenvolvimento da eletrônica. Esta permitiu o desenvolvimento da informática e a automação das indústrias. Deste modo, as indústrias foram dispensando a mão de obra humana e passaram a depender cada vez mais das máquinas para fabricar seus produtos. O trabalhador intervinha como supervisor ou em apenas algumas etapas da produção. Essa fase de novas descobertas caracterizou a Terceira Revolução Industrial ou revolução informática e tecnológica.

Consequências

A Revolução Industrial representou um marco na história da humanidade — transformando as relações sociais, as relações de trabalho, o sistema produtivo — e estabeleceu novos padrões de consumo e uso dos recursos naturais. As consequências foram muitas e estão relacionadas à cada fase vivida no processo evolutivo das tecnologias que proporcionou a industrialização dos países.

Durante a Primeira Revolução Industrial, o modo capitalista de produção reorganizou-se. As principais consequências desse período foram:

·         substituição do trabalho humano por máquinas, o que ampliou o êxodo rural e intensificou o crescimento urbano;

·         crescimento desenfreado das cidades, acarretando favelização, marginalização de pessoas, aumento da miséria, fome e violência;

·         aumento significativo de indústrias e, consequentemente, da produção;

·         organização da sociedade em dois grupos: a burguesia e o proletariado.

Fontes: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/revolucao-industrial-2.htm#:~:text=As%20principais%20consequ%C3%AAncias%20da%20Revolu%C3%A7%C3%A3o,aumento%20da%20capacidade%20produtiva%20e acesso em 14/04/2021. https://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial/ acesso em 13/04/2021.



sexta-feira, 9 de abril de 2021

História e Origem da Escrita

A escrita surgiu na Mesopotâmia e foi de grande importância para o desenvolvimento dos seres humanos na Antiguidade.

Introdução

 Na Pré-História o homem buscou se comunicar através de desenhos feitos nas paredes das cavernas. Através deste tipo de representação (pintura rupestre), trocavam mensagens, passavam ideias e transmitiam desejos e necessidades. Porém, ainda não era um tipo de escrita, pois não havia organização, nem mesmo padronização das representações gráficas.

 Origem da escrita

 Foi somente na antiga Mesopotâmia que  a escrita foi elaborada e criada. Por volta de 3.000 a.C., os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme. Usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da história, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econômicos e políticos da época.

A escrita demótica e hieroglífica no Egito Antigo

 Os egípcios antigos também desenvolveram a escrita quase na mesma época que os sumérios. Existiam duas formas de escrita no Antigo Egito: a demótica (mais simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida dos faraós, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamada papiro, que era produzida a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para escrever. 

 

Escrita Hieroglífica do Egito Antigo: uso de símbolos e desenhos.

Placa de argila com a escrita cuneiforme desenvolvida pelos sumérios. 

Um fragmento de relatos contidos no Códex de Dresden (escrita maia).

O alfabeto romano

 Já em Roma Antiga, no alfabeto romano havia somente letras maiúsculas. Contudo, na época em que estas começaram a ser escritas nos pergaminhos, com auxílio de hastes de bambu ou penas de patos e outras aves, ocorreu uma modificação em sua forma original e, posteriormente, criou-se um novo estilo de escrita denominado uncial. O novo estilo resistiu até o século VIII e foi utilizado na escritura de Bíblias lindamente escritas.

 A escrita na Europa Medieval

 Na Alta Idade Média, no século VIII, Alcuíno, um monge inglês, elaborou outro estilo de alfabeto atendendo ao pedido do imperador Carlos Magno. Contudo, este novo estilo também possuía letras maiúsculas e minúsculas.

A evolução no Renascimento

 Com o passar do tempo, esta forma de escrita também passou por modificações, tornando-se complexa para leitura. Contudo, no século XV, alguns eruditos italianos, incomodados com este estilo complexo, criaram um novo estilo de escrita.

 No ano de 1522, outro italiano, chamado Lodovico Arrighi, foi o responsável pela publicação do primeiro caderno de caligrafia. Foi ele quem deu origem ao estilo que hoje denominamos itálico.

 A escroita Maia (civilização pré-colombiana)

Entre todos os sistemas de escrita existentes na Mesoamérica, segundo alguns especialistas, a escrita maia é considerada uma das mais desenvolvidas. Esse sistema de escrita, de fato, foi fruto do intercâmbio cultural estabelecido com a civilização olmeca, que anteriormente ocupou a região mexicana entre os anos de 1500 e 400 a.C.. Desprovido de um sistema alfabético, a escrita maia contava com um extenso conjunto de caracteres que representavam sons ou símbolos.

Os pesquisadores ainda não foram capazes de decifrar integralmente os códigos usados pelos maias. Somente com o auxílio de computadores é que, recentemente, cerca da metade dos caracteres foram traduzidos. Toda essa dificuldade é proveniente da falta de um padrão simplificado onde um glifo representa um único som ou letra. A escrita dos maias adota o uso de um mesmo caractere para representar dois ou mais símbolos e sons. Ao mesmo tempo, um mesmo conceito poderia ser representado por caracteres completamente diferentes.

Além de constituir uma forma de comunicação entre os maias, a escrita também tinha uma vinculação religiosa. Os maias acreditavam que a escrita era um presente dos deuses e, por isso, deveria ser ensinada a uma parcela privilegiada da população. De maneira geral, utilizavam diferentes materiais para o registro de alguma informação. Pedras, madeira, papel e cerâmica eram os materiais mais recorrentes. Além disso, os maias também fabricavam livros e códices confeccionados a partir de fibra vegetal, resina e cal.

De forma geral, os documentos maias privilegiavam o registro dos fatos cotidianos do povo. Uma importante função da escrita era o registro do tempo, pelo qual eram regulamentados os períodos de celebração religiosa. Outros escritos contavam do desenvolvimento de novos conhecimentos e rituais religiosos. Infelizmente, boa parte desse material foi perdido com o processo de dominação espanhola. O bispo Diego Landa, em 1566, esforçou-se para traduzir alguns documentos com a ajuda dos índios catequizados.

O processo de dominação espanhola tratou de incinerar a grande maioria da documentação escrita maia. Sob a aprovação da Igreja, os registros maias foram queimados por conta de sua origem pagã. Atualmente, somente três grandes obras da cultura letrada dos maias foram preservadas. São os códices de Códex Dresdensis, Tro-Cortesianus e Peresianus. Essas valiosas fontes de pesquisas se encontram separadas em museus da Alemanha, Espanha e França.

Fontes: https://www.suapesquisa.com/artesliteratura/historiadaescrita.htm acesso em 07/04/2021. https://www.historiadomundo.com.br/maia/escrita-maia.htm acesso em 06/04/2021.




quinta-feira, 8 de abril de 2021

O RENASCIMENTO

 O Renascimento (ou Renascença, Renascentismo) foi, ao mesmo tempo, um período histórico e um movimento cultural, intelectual e artístico surgido na Itália, entre os séculos XIV e XVII, e atingiu seu ápice no século XVI. Como sabemos, renascimento significa, literalmente, nascer novamente. Por isso, esse termo foi utilizado para indicar o movimento de retomada da cultura clássica greco-romana. Embora a Itália, especialmente Florença, sejam consideradas o berço da Renascença, ela se expandiu para outras regiões europeias, tais como Alemanha, Flandres e o norte dos Alpes.

Vejamos alguns acontecimentos históricos que contribuíram para o seu desenvolvimento. O Renascimento está situado num período de transição entre a Idade Média e a Modernidade, o que corresponde ao final do Feudalismo e início do Capitalismo. Naquele momento, uma importante mudança no modo de perceber o mundo estava ocorrendo: passava-se de um pensamento predominantemente teocêntrico - onde tudo se explica a partir de uma origem divina - para uma visão de mundo antropocêntrica, onde o homem assume papel central em relação ao universo. Tais pensamentos resultaram no surgimento do Humanismo, um movimento intelectual que se dedicou a valorizar a condição humana e suas múltiplas possibilidades de realizações e descobertas em variados campos do saber, tais como a ciência, a literatura e as artes.

Os italianos daquela época identificaram esses ideais na poderosa Roma Antiga e, com o intuito de reviver esse período, buscaram retomar os seus valores, hábitos, literatura e mitologias. Para isso, os artistas renascentistas estabeleceram como parâmetros para as suas produções as antigas obras clássicas greco-romanas, consideradas, por eles, o que de melhor havia sido produzido em termos artísticos até então.

Durante o Renascimento houve um grande desenvolvimento naval, comercial e urbano, o que resultou em um significativo crescimento econômico, que deu origem a uma nova classe social, a burguesia. Em virtude dessa ascensão social de uma parcela da população, surgiu um modo diferente de relação entre a arte e a sociedade: o mecenato. O mecenas foi uma figura de extrema importância nesse contexto, pois costumava patrocinar os artistas e suas obras, auxiliando assim na expansão de múltiplos talentos. Sem esse cenário econômico favorável, talvez o Renascimento não encontrasse condições para se desenvolver.

Algumas características da arte Renascentista

O Renascimento foi repleto de inovações técnicas no campo artístico. A observação direta da realidade é um deles. Assim, os artistas costumavam desenhar exaustivamente para melhor representarem em suas pinturas e esculturas aquilo que estava diante deles. Outras invenções importantes foram a pintura de cavalete (com a utilização de uma tela colocada sobre esse suporte), e o aprimoramento e uso popularizado da tinta a óleo (mistura de pigmentos com óleos vegetais), pois permitiram tanto o deslocamento e comercialização das obras, quanto uma maior vivacidade nas cores e efeitos mais realistas nas pinturas. Além disso, os artistas, antes anônimos, passaram a ser valorizados pela sociedade. Com isso, teve início a prática do autorretrato, que podemos comparar, em menores proporções, com as atuais selfies.

Alguns artistas do Renascimento

O curto período chamado de Renascimento Pleno (1500-1520) foi responsável pelo surgimento das obras dos três mais conhecidos artistas desse período: Leonardo da Vinci, Michelangelo Buonarroti e Rafael Sanzio.

O interesse de Da Vinci por variados campos do saber contribuiu para sua fama de “artista completo”, tão valorizada durante a Renascença. Podemos notar sua inventividade nos projetos para a construção de aeronaves, nos desenhos anatômicos realizados a partir de cadáveres etc. Na sua pintura mais famosa, a Mona Lisa (1503-1506), estão presentes os ideais renascentistas de serena harmonia. A suave transição dos tons mais escuros para os mais claros são o resultado de uma técnica criada pelo próprio artista, e chamada de sfumato (fumaça, em italiano).

Mona Lisa, pintura de Leonardo da Vinci.

Embora não se considerasse um pintor e sim um escultor, não podemos deixar de nos impressionar com a força das imagens presentes nos afrescos (técnica que consiste na realização de pinturas sobre o gesso ainda úmido) realizados por Michelangelo no teto da Capela Sistina, em Roma (o processo de realização dessas pinturas pode ser compreendido através do filme Agonia e Êxtase, de 1965). Essa mesma força está presente na obra Davi (1501-1504), uma estátua de aproximadamente quatro metros de altura, que representa a determinação, e as belas formas, do jovem herói bíblico em sua batalha contra o gigante Golias.

Estátua de Davi, de Michelangelo, em exposição na Academia de Belas Artes em Florença, Itália. Foto: Lucas Martins / InfoEscola.com

É frequente mencionar o mais jovem desses três artistas, Rafael, como a síntese dos talentos dos outros dois. Em Triunfo da Galateia (c.1512-1514), a mitologia é o tema para a execução de uma pintura linear, em que predominam os contornos. Tudo nesta pintura, como em muitas outras do Renascimento, é extremamente nítido e claro, não existem áreas sombrias. Simbolicamente, nada existe que seja oculto ao homem renascentista. Não há nada que permaneça nas trevas do desconhecimento, pois através dos seus inúmeros saberes culturais e científicos, ele é capaz de lançar luz a todos os mistérios do mundo. Eis um ideal renascentista que, em breve, não mais se sustentaria.

Triunfo de Galateia, pintura de Rafael Sanzio (1511).

Fontes: https://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/ acesso em 08/04/2021.


Clique AQUI para responder questões de nível avançado

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terça-feira, 6 de abril de 2021

7º ano E F - A Reforma Protestante

 Para começar esta atividade é importante saber o significado de:

Protestante: 1 - Que se refere ao protestantismo, doutrinas religiosas que se separaram da Igreja Católica; que é adepto do protestantismo.; 2 - Pessoa que segue algumas das denominações do cristianismo que se diferenciaram da Igreja Católica Romana, originalmente criadas por Martinho Lutero; quem segue a doutrina luterana, anglicana, calvinista, metodista etc; 3 - Diz-se de quem protesta, não se conforma: manifestação protestante. Fonte: https://www.dicio.com.br/protestante/

Indulgência; 1 -  Para o catolicismo, remissão dos castigos ou dos pecados cometidos por alguém cuja culpa já havia sido perdoada pela igreja; 2 - Demonstração de perdão a um castigo, a uma pena, a uma ofensa.

Fonte: https://www.dicio.com.br/indulgencia/ acesso em 06/04/2021.

Assista o vídeo


A Reforma Protestante foi a grande transformação religiosa da época moderna, pois rompeu a unidade do Cristianismo no Ocidente. 

No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero fixou na porta da igreja do Castelo as 95 teses que criticavam certas práticas da Igreja Católica.

Este fato é considerado estopim da reforma que mudaria para sempre o cristianismo.

Atualmente, luteranos de todo mundo comemoram neste dia o "Dia da Reforma Protestante".

Origem da Reforma Protestante

O processo de centralização monárquica que dominava a Europa desde o final da Idade Média, tornou tensa a relação entre reis e Igreja.

A Igreja - possuidora de grandes extensões de terra - recebia tributos feudais controlados em Roma pelo Papa. Com o fortalecimento do Estado Nacional Absolutista, essa prática passou a ser questionada pelos monarcas que desejavam reter estes impostos no reino.

Parte dos camponeses também estava descontente com a Igreja, pois eles também lhe deveriam pagar taxas, como o dízimo. Em toda Europa, mosteiros e bispados possuíam imensas propriedades e viviam às custas dos trabalhadores da cidade e dos campos.

A Igreja condenava as práticas capitalistas nascentes, entre elas a "usura" - a cobrança de juros por empréstimos - considerada pecado; e defendia a comercialização a "justo preço", sem lucro abusivo.

Esta doutrina estava em contra as novas práticas mercantilistas do fim da Idade Média e freava o investimento da burguesia mercantil e manufatureira.

No entanto, a desmoralização do clero, que apesar de condenar a usura e desconfiar do lucro, veio com a prática do comércio de bens eclesiásticos.

O clero fazia uso da sua autoridade para obter privilégios e a venda de cargos da Igreja, uma prática chamada de "simonia". Igualmente, muitos sacerdotes tinham esposas, apesar do celibato obrigatório, numa heresia conhecida como "nicolaísmo".

O maior escândalo foi a venda indiscriminada de indulgências, isto é, a remissão dos pecados em troca de pagamento em dinheiro a religiosos.

A Reforma de Lutero

A Reforma Protestante foi iniciada por Martinho Lutero (1483-1546), monge agostiniano alemão, e professor da Universidade de Witenberg. Crítico, negava algumas práticas apregoadas pela Igreja.

Em 1517, revoltado com a venda de indulgências realizada pelo dominicano João Tetzel, Lutero escreveu em documento com 95 pontos criticando a Igreja e o próprio papa.

Estas 95 teses teriam sido pregadas na porta de uma igreja a fim de que seus alunos lessem e se preparassem para um debate em classe. No entanto, alguns estudantes resolveram imprimi-las e lê-las para a população, espalhando assim, as censuras à Igreja Católica.

Em 1520, o papa Leão X redigiu uma bula condenando Lutero e exigindo sua retratação. Lutero queimou a bula em público o que agravou a situação. Já em 1521, o imperador Carlos V convocou uma assembleia, chamada "Dieta de Worms", na qual o monge foi considerado herege.

No entanto, Lutero foi acolhido por parte da nobreza alemã, que simpatizava com suas ideias e refugiou-se no castelo de WartburgAli, se dedicou à tradução da Bíblia do latim para o alemão, e a desenvolver os princípios da nova religião.

Seguiram-se guerras religiosas que só foram concluídas em 1555, pela "Paz de Augsburgo". Este acordo determinava o princípio de que cada governante dentro do Sacro Império poderia escolher sua religião e a de seus súditos.

Calvinismo e Reforma Protestante

A revolta e os ideais de Lutero se espalharam pelo continente europeu. Em cada região, o Luteranismo assumiu características diferentes, pois muitos religiosos passaram a estudar os escritos de Lutero e propor a renovação da Igreja.

Por outro lado, na França e na Holanda, os princípios de Lutero foram ampliados por João Calvino (1509-1564). Pertencente à burguesia e influenciado pelo Humanismo e pelas teses luteranas, Calvino converteu-se em ardente defensor das novas ideias.

Escreveu a "Instituição da religião cristã", que veio a ser o catecismo dos calvinistas. Perseguido, refugiou-se em Genebra, na Suíça, onde a Reforma havia sido adotada. Dinamizou o movimento reformista através de novos princípios, completando e ampliando a doutrina luterana.

Determinou que não houvesse nenhuma imagem nas igrejas, nem sacerdotes paramentados. A Bíblia era a base da religião, não sendo necessária sequer a existência de um clero regular.

Para Calvino, a salvação não dependia dos fiéis e sim de Deus, que escolhe as pessoas que deverão ser salvas (doutrina da predestinação).

Calvinismo expandiu-se rapidamente por toda a Europa, mais do que o luteranismo. Atingiu os Países Baixos e a Dinamarca, além da Escócia, cujos seguidores foram chamados de presbiterianos; na França, huguenotes; e na Inglaterra, puritanos.

Contrarreforma ou Reforma Católica

Por muito tempo se ensinou que a Contrarreforma foi o movimento que surgiu na Europa em consequência da expansão do protestantismo.

Atualmente, contudo, os historiadores preferem o termo Reforma Católica. Afinal, vários teólogos católicos como Thomas Morus e Erasmo de Roterdã já haviam escrito sobre a necessidade de mudar certos aspectos da Igreja, muito antes do próprio Lutero.

Desta maneira, a Igreja Católica acelera a tomada de uma série de providências para conter as ideias protestantes.

Uma delas foi apoiar a Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola, em 1534. Seus membros, conhecidos como jesuítas tinham total confiança do papa e buscavam combater o protestantismo por meio do ensino e expansão da fé católica.

Concílio de Trento

Em 1545 e 1563, realizou-se o Concílio de Trento, com representantes da Igreja Católica de toda a Europa. Igualmente estavam presentes membros da igreja luterana e da ortodoxa.

Vejamos as principais decisões:

  • o clero regular, deveria estudar nos Seminários, caso quisessem tornar-se padres.
  • os párocos foram obrigados a morar em suas paróquias e dar atenção especial à pregação doutrinal.
  • proibiu-se a venda de cargos religiosos
  • foi criado o “Index”, lista de livros proibidos pela Igreja, incluindo livros científicos de Galileu, Giordano Bruno, entre outros.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/reforma-protestante/ acesso em 06/04/2021.


quarta-feira, 31 de março de 2021

8º ano E F - Pensadores Iluministas

Assista o vídeo


Pensadores Iluministas

Por Pedro Menezes   Professor de Filosofia

Os filósofos iluministas contribuíram de maneiras diferentes e em diversas áreas do conhecimento. Desde questões morais, religiosas e políticas até as de cunho econômico e filosófico, os ideais dos pensadores iluministas promoveram o processo de conscientização mundial. As "luzes" do pensamento iluminista são uma resposta crítica às "trevas" do pensamento medieval, em que toda a produção de conhecimento estava subordinada ideia à religião, como forma de justificar a fé e o poder da Igreja. Apesar das particularidades presentes no pensamento de cada um deles, as questões relacionadas à produção de um conhecimento independente, centrado na razão e distanciado da teologia proposta pela Igreja, é uma marca comum.

Voltaire (1694-1778)

Voltaire, pseudônimo de François-Marie Arouet, foi um filósofo francês que nasceu em Paris. Suas críticas à nobreza resultaram em várias situações de prisão e exílio.

Principais Ideias

Voltaire foi um dos mais importantes filósofos do iluminismo. Defensor das liberdades individuais e da tolerância, foi uma das principais inspirações da Revolução Francesa. Para Voltaire, deve ser garantido às pessoas o direito à liberdade de expressão, à liberdade religiosa e à liberdade política. Por suas defesas, o filósofo foi perseguido pela Igreja Católica e pelo Estado absolutista francês.

Principais Obras

A principal obra de Voltaire, "Cartas Inglesas ou Cartas Filosóficas", foi um conjunto de cartas acerca dos costumes ingleses, os quais comparava aos do atraso da França absolutista. Apesar disso, era contra qualquer revolução, pois acreditava que os monarcas seriam capazes de se orientar racionalmente para cumprir o seu papel. Escreveu também novelas, tragédias e contos filosóficos, dentre os quais "O Ingênuo".

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo suíço que lançou as bases para o Romantismo europeu.

Principais Ideias

Rousseau era a favor do “contrato social”, forma de promover a justiça social que dá nome a sua principal obra. Apregoava que a propriedade privada gerava a desigualdade entre os homens. Segundo ele, os homens teriam sido corrompidos pela sociedade quando a soberania popular tinha acabado. O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra acorrentado.

Principais Obras

"O Contrato Social" é a sua obra de maior destaque de Rousseau. Em "Émile", outra obra de grande importância, Rousseau trata da educação afirmando que ela deve ser base da reconstrução da humanidade.

Adam Smith (1723-1790)

Adam Smith é considerado um dos principais teóricos do movimento. Filósofo e economista escocês, recebe o título de "pai da economia moderna".

Principais Ideias

Em plena época do Iluminismo, Adam Smith tornou-se um dos principais teóricos do liberalismo econômico. Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. A livre concorrência entre os empresários regularia o mercado, provocando a queda de preços e as inovações tecnológicas necessárias para melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o ritmo de produção. As ideias de Adam Smith tiveram uma grande influência na burguesia europeia do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis absolutistas, além de contestar o regime de direitos feudais que ainda persistia em muitas regiões rurais da Europa. A teoria de Adam Smith foi de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo nos séculos XIX e XX.

Principais Obras

"A Riqueza das Nações" é o nome da principal obra desse pensador, enquanto "Teoria dos Sentimentos Morais" é o nome do seu principal tratado.

Fontes:

https://www.suapesquisa.com/biografias/adam_smith.htm  - acesso em 31/-3/2021

https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/voltaire.htm   - acesso em 31/03/2021

https://www.todamateria.com.br/filosofos-iluministas/ - acesso em 31/03/2021

Assista o seguinte vídeo que trata de uma música da banda irlandesa U2. O título da música é "40", uma referência ao "Salmo 40" da Bíblia. O vídeo mostra pessoas com um cartaz escrito "COEXIST", traduzindo, COEXISTÊNCIA. No cartaz a três símbolos: a Lua Crescente, simbolizando o Islamismo; a Estrela de Davi, representando o Judaísmo; e a Cruz, um dos símbolos do Cristianismo. A principal mensagem do vídeo é a importância da tolerância religiosa e a necessidade de todas as religiões do mundo coexistirem/existirem tolerantemente e em armonia.

Obs. A canção "40" do U2, interpretada pelo U2NL, com uma palavra do Rev. Jan Andries de Boer sobre a cooperação entre religiões e a paz mundial.


Letra da música "40" do U2 traduzida.

Eu esperei pacientemente pelo Senhor
Ele se inclinou e ouviu meu clamor
Ele me tirou do abismo
Para fora do lamaçal

Eu cantarei, cantarei uma nova canção
Eu cantarei, cantarei uma nova canção
Quanto tempo para cantar esta canção?
Quanto tempo para cantar esta canção?
Quanto tempo, quanto tempo, quanto tempo
Quanto tempo para cantar esta canção?

Ele firmou meus pés na rocha
E fez firme minhas pegadas
Muitos verão, muitos verão e temerão











sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Calendário indígena

Habilidade: (EF05HI08) Identificar formas de marcação da passagem do tempo em distintas sociedades, incluindo os povos indígenas originários e os povos africanos. 

Assista os vídeos





Calendário dos povos indígenas do rio Tiquié 

 

A Enchente de Jararaca (Aña poero) representa o início do ciclo anual (novembro e dezembro). Acontecem as primeiras reproduções de peixes, anfíbios, insetos, relacionadas a chuvas intensas e elevação no nível do rio. Essas primeiras piracemas de aracu-riscado, aracu-três-pintas (e outras do gênero Leporinus) e diversas outras espécies, são consideradas como a limpeza dos lugares de piracema (ñeekoese), malocas onde os peixes fazem suas festas, segundo os conhecedores indígenas (...) Aparecem bandos de pássaros chamados “da jararaca”, que descem nos pastos, depois caem no rio e viram peixes. Depois que se transformam, ainda não são totalmente peixes, por isso às vezes encontra-se coração de pássaro nesses peixes. Eles terminam de se transformar já na piracema. A constelação da Jararaca é a maior da astronomia dos povos Tukano (...) Entre as repiquetes das partes da constelação de Jararaca, pode acontecer o Verão do Ingá (Mere kuma, quando podem ser queimadas as roças de capoeira e, mas dificilmente, de mata virgem, faz sol forte e vento suave. Em seguida vem a constelação e Enchente de Tatu, o Verão de Pupunha, a constelação e Enchente de Jacundá, Verão de Umari, a Enchente de CamarãoVerão de Abiu, a Enchente da Onça, Enchente das Plêiades, Enchente Jirau de Peixe, Enchente Cabo de Enxó e a Constelação de Garça. 






Responda no caderno:

1 – O calendário indígena dos povos do rio Tiquié é orientado:

a) pelo ciclo solar.          b) pelo ciclo lunar.          c) pelos ciclos da natureza.

2 - Descreva a imagem: 

3 – Como está dividido o calendário indígena dos povos do rio Tiquié?

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Os Incas

  Vista da antiga cidade Inca, Machu Picchu, no Peru. Originalmente os incas eram um clã da tribo dos quíchuas, localizado na região de Cusc...