As atividades, aqui apresentadas, foram realizadas por estudantes das escolas estaduais Clodonil Cardoso e Profa. Dinorá Rocha, ambas do município de Iguape - SP.
Atividades complemtentares de História das turmas do Profº Adriano Ribeiro da escola estadual PEI Profª Dinorá Rocha.
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
segunda-feira, 21 de junho de 2021
Período Joanino
Em janeiro de 1808 e com o apoio
da Inglaterra, a família real portuguesa chegou ao Brasil. Cerca de 15 mil
pessoas vieram com eles, o que totalizou cerca de 2% da população portuguesa da
época. Eles se instalaram na capital do Rio de Janeiro e permaneceram durante
12 anos ali.
Ameaçados pela invasão do francês
Napoleão Bonaparte, a família Real deixou Portugal para garantir que o país
continuasse independente.
Isso porque Napoleão decretou o
Bloqueio Continental em 1806, determinando o fechamento dos portos aos navios
ingleses.
Portugal, que apoiava a
Inglaterra e tinha grande relação comercial com esse país, não se submeteu ao
bloqueio. Isso levou a invasão de Napoleão às terras lusitanas.
Sendo assim, em outubro de 1807,
D. João e o rei da Inglaterra Jorge III, assinaram um decreto que transferia a
sede monárquica de Portugal para o Brasil.
Além disso, Portugal se
comprometia a assinar um tratado de comércio com a Inglaterra, quando chegasse
ao Brasil.
Foi dessa maneira que em 1808 o Pacto
Colonial, um acordo comercial entre a colônia e a metrópole, chega ao fim.
Nesse ano, Dom João instituiu a “Carta Régia”, a qual permitia a abertura dos
portos a outras nações amigas, inclusive a Inglaterra.
Diante disso, a economia do país
alavancou, no entanto, impediu o desenvolvimento das manufaturas no Brasil.
Isso porque grande parte dos produtos eram importados da Inglaterra.
Os produtos ingleses tinham uma
menor taxa alfandegária em relação aos outros países. Eles pagavam 15%,
enquanto as outras nações cerca de 24%.
Além da economia, o país, e
sobretudo a capital, que até então era o Rio de Janeiro, sofreram diversas
mudanças.
Muitas obras de caráter público
foram erigidas nesse período, por exemplo, a casa da moeda, o banco do Brasil,
o jardim botânico, dentre outras.
A Educação no Período Joanino
Na educação e na cultura, esse
período marcou diversos avanços nessas áreas. Isso porque muitos investimentos
foram feitos, o que podemos confirmar com a construção da Biblioteca Real, da
Academia Real de Belas Artes, da Imprensa Real, além das escolas de medicina.
Período Joanino e a
Independência do Brasil
Esse período da história do
Brasil influenciou diretamente no processo de independência do país.
Isso porque em 1815 a
administração do governo joanino extingui a condição de colônia ao Brasil. Foi
assim que o páis recebeu o título de “Reino Unido de Portugal e Algarves”,
tornando-se a sede administrativa de Portugal.
Esse fato deixou muito
descontentes os portugueses que estavam em Portugal. Com isso, eles exigiam o
retorno de Dom João IV, que por fim, retorna à Portugal para a Revolução
Liberal do Porto, em abril de 1821. Esse evento marcou o fim do período
joanino.
Em seu lugar permanece seu filho,
Dom Pedro I. O príncipe regente governou o país de 1822 a 1831, estabelecendo
em 1824, a primeira Constituição do país.
Quando Portugal exigiu seu
retorno, ele se recusou a voltar para a metrópole. Sendo assim, no dia 07 de
setembro de 1822, ele declara a Independência do Brasil.
terça-feira, 13 de abril de 2021
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Antes de começar, faça uma reflexão sobre a exploração do trabalho infantil. Para auxiliár na reflexão, assista o seguinrte vídeo sobre o Estatuto da Criaça e do Adolescente (ECA).
Agora assista este outro vídeo (trailer do filme Tempos Modernos de Charlie Chaplin)
A Revolução Industrial foi um
processo de grandes transformações econômico-sociais que começou na Inglaterra
no século XVIII. O modo de produção
industrial se espalhou por grande parte do hemisfério norte durante todo o
século XIX e início do século XX. Produzir
mercadorias ficou mais barato e acessível, porém trouxe a desorganização da
vida rural e estragos ao meio-ambiente.
Chamamos de Revolução Industrial
o processo que levou à substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia
humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico (ou artesanal) pelo
sistema fabril. O advento da produção em larga escala mecanizada deu início às
transformações dos países da Europa e da América do Norte. Estas nações se
transformaram em predominantemente industriais e suas populações se
concentraram cada vez mais nas cidades.
Causas da Revolução Industrial
·
A expansão do comércio internacional dos séculos
XVI e XVII trouxe um extraordinário aumento da riqueza para a burguesia. Isto
permitiu a acumulação de capital capaz de financiar o progresso técnico e o
alto custo da instalação nas indústrias.
·
A burguesia europeia, fortalecida e enriquecida,
passou a investir na elaboração de projetos para aperfeiçoamento das técnicas
de produção e na criação de máquinas para a indústria.
·
Logo verificou-se que se obtinha maior
produtividade e se aumentavam os lucros quando se empregavam máquinas em grande
escala.
Consequências da Revolução
Industrial
O longo caminho de descobertas e
invenções foi uma forma de distanciar os países entre si, no que diz respeito
ao poder econômico e político. Afinal, nem todos se industrializaram ao mesmo
tempo, permanecendo na condição de fornecedores de matérias primas e produtos
agrícolas para os países industrializados. Essas diferenças marcam até hoje as
nações do mundo que são divididas entre países desenvolvidos e em
desenvolvimento. Uma das maneiras de medir se um país é avançado é avaliar o
quanto ele é industrializado.
O pioneirismo inglês
Foi na Inglaterra que o fenômeno
da industrialização começou e por isso a Revolução Industrial Inglesa foi pioneira.
Vários fatores explicam as razões desta primazia.
A Inglaterra, possuía capital,
estabilidade política e equipamentos necessários para tomar a dianteira do
avanço da Indústria.
Desde o fim da Idade Média, parte
significativa da população se dirigia às cidades devido aos cercamentos
(enclousers) do campo. Sem terra, os camponeses acabavam entrando nas fábricas
que surgiam. Também tinha colônias na África e na Ásia que garantiam
fornecimento de matéria-prima com mão de obra barata.
Primeira Revolução Industrial
A Primeira Revolução Industrial
ocorreu em meados do século XVIII e do século XIX. Sua principal característica
foi o surgimento da mecanização que operou significativas transformações em
quase todos os setores da vida humana.
Na estrutura socieconômica,
fez-se a separação definitiva entre o capital, representado pelos donos dos
meios de produção, e o trabalho, representado pelos assalariados. Isto eliminou
a antiga organização dos grêmios ou guildas que era o modo de produção
utilizado pelos artesãos.
Desta maneira, surgem as
primeiras fábricas que abrigam num mesmo espaço muitos operários. Cada um
deverá operar uma máquina específica para realizar sua tarefa.
Primeira Revolução Industrial
A Primeira Revolução Industrial
ocorreu em meados do século XVIII e do século XIX. Sua principal característica
foi o surgimento da mecanização que operou significativas transformações em
quase todos os setores da vida humana. Na estrutura socieconômica, fez-se a
separação definitiva entre o capital, representado pelos donos dos meios de
produção, e o trabalho, representado pelos assalariados. Isto eliminou a antiga
organização dos grêmios ou guildas que era o modo de produção utilizado pelos
artesãos. Desta maneira, surgem as primeiras fábricas que abrigam num mesmo
espaço muitos operários. Cada um deverá operar uma máquina específica para
realizar sua tarefa.
Segunda Revolução Industrial
A partir do final do século XIX,
o capitalismo se tornava cada vez menos competitivo e mais monopolista. Apenas
poucas empresas ou países dominavam a produção e o comércio. Era a fase do
capitalismo financeiro ou monopolista, característica marcante da Segunda
Revolução Industrial. Nesta época, o Império Alemão surge como a
grande potência industrial. Com a abundância do minério de ferro e uma cultura
militar, os alemães, capitaneados pela Prússia, fazem reformas políticas e
econômicas que vão unificar o país e dotá-lo de uma indústria poderosa. Desde
então, se estabeleciam as bases do progresso tecnológico e científico, visando
a inovação e o constante aperfeiçoamento dos produtos e técnicas, para melhorar
o desempenho industrial.
Terceira Revolução Industrial
O ponto culminante do
desenvolvimento industrial, em termos de tecnologia, teve início em meados do
século XX, por volta de 1950, com o desenvolvimento da eletrônica. Esta
permitiu o desenvolvimento da informática e a automação das indústrias. Deste
modo, as indústrias foram dispensando a mão de obra humana e passaram a
depender cada vez mais das máquinas para fabricar seus produtos. O trabalhador
intervinha como supervisor ou em apenas algumas etapas da produção. Essa fase
de novas descobertas caracterizou a Terceira Revolução Industrial ou revolução
informática e tecnológica.
Consequências
A Revolução Industrial
representou um marco na história da humanidade — transformando as relações
sociais, as relações de trabalho, o sistema produtivo — e estabeleceu novos
padrões de consumo e uso dos recursos naturais. As consequências foram muitas e
estão relacionadas à cada fase vivida no processo evolutivo das tecnologias que
proporcionou a industrialização dos países.
Durante a Primeira Revolução
Industrial, o modo capitalista de produção reorganizou-se. As principais
consequências desse período foram:
·
substituição do trabalho humano por máquinas, o
que ampliou o êxodo rural e intensificou o crescimento urbano;
·
crescimento desenfreado das cidades, acarretando
favelização, marginalização de pessoas, aumento da miséria, fome e violência;
·
aumento significativo de indústrias e,
consequentemente, da produção;
· organização da sociedade em dois grupos: a burguesia e o proletariado.
Fontes: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/revolucao-industrial-2.htm#:~:text=As%20principais%20consequ%C3%AAncias%20da%20Revolu%C3%A7%C3%A3o,aumento%20da%20capacidade%20produtiva%20e
acesso em 14/04/2021. https://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial/
acesso em 13/04/2021.
sexta-feira, 9 de abril de 2021
História e Origem da Escrita
A escrita surgiu na Mesopotâmia e foi de grande importância
para o desenvolvimento dos seres humanos na Antiguidade.
Introdução
Na Pré-História o homem buscou se comunicar através de desenhos feitos nas paredes das cavernas. Através deste tipo de representação (pintura rupestre), trocavam mensagens, passavam ideias e transmitiam desejos e necessidades. Porém, ainda não era um tipo de escrita, pois não havia organização, nem mesmo padronização das representações gráficas.
Origem da escrita
Foi somente na antiga Mesopotâmia que a escrita foi elaborada e criada. Por volta de 3.000 a.C., os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme. Usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da história, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econômicos e políticos da época.
A escrita demótica e
hieroglífica no Egito Antigo
Os egípcios antigos também desenvolveram a escrita quase na mesma época que os sumérios. Existiam duas formas de escrita no Antigo Egito: a demótica (mais simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida dos faraós, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamada papiro, que era produzida a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para escrever.
O alfabeto romano
Já em Roma Antiga, no alfabeto romano havia
somente letras maiúsculas. Contudo, na época em que estas começaram a ser
escritas nos pergaminhos, com auxílio de hastes de bambu ou penas de patos e
outras aves, ocorreu uma modificação em sua forma original e, posteriormente,
criou-se um novo estilo de escrita denominado uncial. O novo estilo resistiu
até o século VIII e foi utilizado na escritura de Bíblias lindamente escritas.
A escrita na Europa Medieval
Na Alta Idade Média, no século VIII, Alcuíno,
um monge inglês, elaborou outro estilo de alfabeto atendendo ao pedido do
imperador Carlos Magno. Contudo, este novo estilo também possuía letras
maiúsculas e minúsculas.
A evolução no Renascimento
Com o passar do tempo, esta forma de escrita
também passou por modificações, tornando-se complexa para leitura. Contudo, no
século XV, alguns eruditos italianos, incomodados com este estilo complexo,
criaram um novo estilo de escrita.
No ano de 1522, outro italiano, chamado
Lodovico Arrighi, foi o responsável pela publicação do primeiro caderno de
caligrafia. Foi ele quem deu origem ao estilo que hoje denominamos itálico.
A escroita Maia (civilização
pré-colombiana)
Entre todos os sistemas de
escrita existentes na Mesoamérica, segundo alguns especialistas, a escrita maia
é considerada uma das mais desenvolvidas. Esse sistema de escrita, de fato, foi
fruto do intercâmbio cultural estabelecido com a civilização olmeca, que
anteriormente ocupou a região mexicana entre os anos de 1500 e 400 a.C..
Desprovido de um sistema alfabético, a escrita maia contava com um extenso
conjunto de caracteres que representavam sons ou símbolos.
Os pesquisadores ainda não foram
capazes de decifrar integralmente os códigos usados pelos maias. Somente com o
auxílio de computadores é que, recentemente, cerca da metade dos caracteres
foram traduzidos. Toda essa dificuldade é proveniente da falta de um padrão
simplificado onde um glifo representa um único som ou letra. A escrita dos
maias adota o uso de um mesmo caractere para representar dois ou mais símbolos
e sons. Ao mesmo tempo, um mesmo conceito poderia ser representado por
caracteres completamente diferentes.
Além de constituir uma forma de
comunicação entre os maias, a escrita também tinha uma vinculação religiosa. Os
maias acreditavam que a escrita era um presente dos deuses e, por isso, deveria
ser ensinada a uma parcela privilegiada da população. De maneira geral,
utilizavam diferentes materiais para o registro de alguma informação. Pedras,
madeira, papel e cerâmica eram os materiais mais recorrentes. Além disso, os
maias também fabricavam livros e códices confeccionados a partir de fibra
vegetal, resina e cal.
De forma geral, os documentos
maias privilegiavam o registro dos fatos cotidianos do povo. Uma importante
função da escrita era o registro do tempo, pelo qual eram regulamentados os
períodos de celebração religiosa. Outros escritos contavam do desenvolvimento
de novos conhecimentos e rituais religiosos. Infelizmente, boa parte desse
material foi perdido com o processo de dominação espanhola. O bispo Diego
Landa, em 1566, esforçou-se para traduzir alguns documentos com a ajuda dos
índios catequizados.
O processo de dominação espanhola
tratou de incinerar a grande maioria da documentação escrita maia. Sob a
aprovação da Igreja, os registros maias foram queimados por conta de sua origem
pagã. Atualmente, somente três grandes obras da cultura letrada dos maias foram
preservadas. São os códices de Códex Dresdensis, Tro-Cortesianus e Peresianus.
Essas valiosas fontes de pesquisas se encontram separadas em museus da
Alemanha, Espanha e França.
Fontes:
https://www.suapesquisa.com/artesliteratura/historiadaescrita.htm acesso em
07/04/2021. https://www.historiadomundo.com.br/maia/escrita-maia.htm acesso em
06/04/2021.
quinta-feira, 8 de abril de 2021
O RENASCIMENTO
O Renascimento (ou Renascença, Renascentismo) foi, ao mesmo tempo, um período histórico e um movimento cultural, intelectual e artístico surgido na Itália, entre os séculos XIV e XVII, e atingiu seu ápice no século XVI. Como sabemos, renascimento significa, literalmente, nascer novamente. Por isso, esse termo foi utilizado para indicar o movimento de retomada da cultura clássica greco-romana. Embora a Itália, especialmente Florença, sejam consideradas o berço da Renascença, ela se expandiu para outras regiões europeias, tais como Alemanha, Flandres e o norte dos Alpes.
Vejamos alguns acontecimentos
históricos que contribuíram para o seu desenvolvimento. O Renascimento está
situado num período de transição entre a Idade Média e a Modernidade, o que
corresponde ao final do Feudalismo e início do Capitalismo. Naquele momento,
uma importante mudança no modo de perceber o mundo estava ocorrendo: passava-se
de um pensamento predominantemente teocêntrico - onde tudo se explica a partir
de uma origem divina - para uma visão de mundo antropocêntrica, onde o homem
assume papel central em relação ao universo. Tais pensamentos resultaram no
surgimento do Humanismo, um movimento intelectual que se dedicou a valorizar a
condição humana e suas múltiplas possibilidades de realizações e descobertas em
variados campos do saber, tais como a ciência, a literatura e as artes.
Os italianos daquela época
identificaram esses ideais na poderosa Roma Antiga e, com o intuito de reviver
esse período, buscaram retomar os seus valores, hábitos, literatura e
mitologias. Para isso, os artistas renascentistas estabeleceram como parâmetros
para as suas produções as antigas obras clássicas greco-romanas, consideradas,
por eles, o que de melhor havia sido produzido em termos artísticos até então.
Durante o Renascimento houve um
grande desenvolvimento naval, comercial e urbano, o que resultou em um
significativo crescimento econômico, que deu origem a uma nova classe social, a
burguesia. Em virtude dessa ascensão social de uma parcela da população, surgiu
um modo diferente de relação entre a arte e a sociedade: o mecenato. O mecenas
foi uma figura de extrema importância nesse contexto, pois costumava patrocinar
os artistas e suas obras, auxiliando assim na expansão de múltiplos talentos.
Sem esse cenário econômico favorável, talvez o Renascimento não encontrasse
condições para se desenvolver.
Algumas características da arte Renascentista
O Renascimento foi repleto de
inovações técnicas no campo artístico. A observação direta da realidade é um
deles. Assim, os artistas costumavam desenhar exaustivamente para melhor
representarem em suas pinturas e esculturas aquilo que estava diante deles.
Outras invenções importantes foram a pintura de cavalete (com a utilização de
uma tela colocada sobre esse suporte), e o aprimoramento e uso popularizado da
tinta a óleo (mistura de pigmentos com óleos vegetais), pois permitiram tanto o
deslocamento e comercialização das obras, quanto uma maior vivacidade nas cores
e efeitos mais realistas nas pinturas. Além disso, os artistas, antes anônimos,
passaram a ser valorizados pela sociedade. Com isso, teve início a prática do
autorretrato, que podemos comparar, em menores proporções, com as atuais
selfies.
Alguns artistas do Renascimento
O curto período chamado de
Renascimento Pleno (1500-1520) foi responsável pelo surgimento das obras dos
três mais conhecidos artistas desse período: Leonardo da Vinci, Michelangelo
Buonarroti e Rafael Sanzio.
O interesse de Da Vinci
por variados campos do saber contribuiu para sua fama de “artista completo”,
tão valorizada durante a Renascença. Podemos notar sua inventividade nos
projetos para a construção de aeronaves, nos desenhos anatômicos realizados a
partir de cadáveres etc. Na sua pintura mais famosa, a Mona Lisa (1503-1506),
estão presentes os ideais renascentistas de serena harmonia. A suave transição
dos tons mais escuros para os mais claros são o resultado de uma técnica criada
pelo próprio artista, e chamada de sfumato (fumaça, em italiano).
Mona Lisa, pintura de Leonardo da Vinci.
Embora não se considerasse um
pintor e sim um escultor, não podemos deixar de nos impressionar com a força
das imagens presentes nos afrescos (técnica que consiste na realização de
pinturas sobre o gesso ainda úmido) realizados por Michelangelo no teto
da Capela Sistina, em Roma (o processo de realização dessas pinturas pode ser
compreendido através do filme Agonia e Êxtase, de 1965). Essa mesma força está
presente na obra Davi (1501-1504), uma estátua de aproximadamente quatro metros
de altura, que representa a determinação, e as belas formas, do jovem herói
bíblico em sua batalha contra o gigante Golias.
É frequente mencionar o mais jovem desses três artistas,
Rafael, como a síntese dos talentos dos outros dois. Em Triunfo da Galateia
(c.1512-1514), a mitologia é o tema para a execução de uma pintura linear, em
que predominam os contornos. Tudo nesta pintura, como em muitas outras do
Renascimento, é extremamente nítido e claro, não existem áreas sombrias.
Simbolicamente, nada existe que seja oculto ao homem renascentista. Não há nada
que permaneça nas trevas do desconhecimento, pois através dos seus inúmeros
saberes culturais e científicos, ele é capaz de lançar luz a todos os mistérios
do mundo. Eis um ideal renascentista que, em breve, não mais se sustentaria.
Triunfo de Galateia, pintura de Rafael Sanzio (1511).
Fontes: https://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/
acesso em 08/04/2021.
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terça-feira, 6 de abril de 2021
7º ano E F - A Reforma Protestante
Para começar esta atividade é importante saber o significado de:
Protestante: 1 - Que se refere ao protestantismo, doutrinas religiosas que se separaram da Igreja Católica; que é adepto do protestantismo.; 2 - Pessoa que segue algumas das denominações do cristianismo que se diferenciaram da Igreja Católica Romana, originalmente criadas por Martinho Lutero; quem segue a doutrina luterana, anglicana, calvinista, metodista etc; 3 - Diz-se de quem protesta, não se conforma: manifestação protestante. Fonte: https://www.dicio.com.br/protestante/
Indulgência; 1 - Para o catolicismo, remissão dos castigos ou dos pecados cometidos por alguém cuja culpa já havia sido perdoada pela igreja; 2 - Demonstração de perdão a um castigo, a uma pena, a uma ofensa.
Fonte: https://www.dicio.com.br/indulgencia/ acesso em 06/04/2021.
Assista o vídeo
A Reforma Protestante foi a grande transformação religiosa da época moderna, pois rompeu a unidade do Cristianismo no Ocidente.
No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero fixou na porta da igreja do Castelo as 95 teses que criticavam certas práticas da Igreja Católica.
Este fato é considerado estopim da reforma que mudaria para sempre o cristianismo.
Atualmente, luteranos de todo mundo comemoram neste dia o "Dia da Reforma Protestante".
Origem da Reforma Protestante
O processo de centralização monárquica que dominava a Europa desde o final da Idade Média, tornou tensa a relação entre reis e Igreja.
A Igreja - possuidora de grandes extensões de terra - recebia tributos feudais controlados em Roma pelo Papa. Com o fortalecimento do Estado Nacional Absolutista, essa prática passou a ser questionada pelos monarcas que desejavam reter estes impostos no reino.
Parte dos camponeses também estava descontente com a Igreja, pois eles também lhe deveriam pagar taxas, como o dízimo. Em toda Europa, mosteiros e bispados possuíam imensas propriedades e viviam às custas dos trabalhadores da cidade e dos campos.
A Igreja condenava as práticas capitalistas nascentes, entre elas a "usura" - a cobrança de juros por empréstimos - considerada pecado; e defendia a comercialização a "justo preço", sem lucro abusivo.
Esta doutrina estava em contra as novas práticas mercantilistas do fim da Idade Média e freava o investimento da burguesia mercantil e manufatureira.
No entanto, a desmoralização do clero, que apesar de condenar a usura e desconfiar do lucro, veio com a prática do comércio de bens eclesiásticos.
O clero fazia uso da sua autoridade para obter privilégios e a venda de cargos da Igreja, uma prática chamada de "simonia". Igualmente, muitos sacerdotes tinham esposas, apesar do celibato obrigatório, numa heresia conhecida como "nicolaísmo".
O maior escândalo foi a venda indiscriminada de indulgências, isto é, a remissão dos pecados em troca de pagamento em dinheiro a religiosos.
A Reforma de Lutero
A Reforma Protestante foi iniciada por Martinho Lutero (1483-1546), monge agostiniano alemão, e professor da Universidade de Witenberg. Crítico, negava algumas práticas apregoadas pela Igreja.
Em 1517, revoltado com a venda de indulgências realizada pelo dominicano João Tetzel, Lutero escreveu em documento com 95 pontos criticando a Igreja e o próprio papa.
Estas 95 teses teriam sido pregadas na porta de uma igreja a fim de que seus alunos lessem e se preparassem para um debate em classe. No entanto, alguns estudantes resolveram imprimi-las e lê-las para a população, espalhando assim, as censuras à Igreja Católica.
Em 1520, o papa Leão X redigiu uma bula condenando Lutero e exigindo sua retratação. Lutero queimou a bula em público o que agravou a situação. Já em 1521, o imperador Carlos V convocou uma assembleia, chamada "Dieta de Worms", na qual o monge foi considerado herege.
No entanto, Lutero foi acolhido por parte da nobreza alemã, que simpatizava com suas ideias e refugiou-se no castelo de Wartburg. Ali, se dedicou à tradução da Bíblia do latim para o alemão, e a desenvolver os princípios da nova religião.
Seguiram-se guerras religiosas que só foram concluídas em 1555, pela "Paz de Augsburgo". Este acordo determinava o princípio de que cada governante dentro do Sacro Império poderia escolher sua religião e a de seus súditos.
Calvinismo e Reforma Protestante
A revolta e os ideais de Lutero se espalharam pelo continente europeu. Em cada região, o Luteranismo assumiu características diferentes, pois muitos religiosos passaram a estudar os escritos de Lutero e propor a renovação da Igreja.
Por outro lado, na França e na Holanda, os princípios de Lutero foram ampliados por João Calvino (1509-1564). Pertencente à burguesia e influenciado pelo Humanismo e pelas teses luteranas, Calvino converteu-se em ardente defensor das novas ideias.
Escreveu a "Instituição da religião cristã", que veio a ser o catecismo dos calvinistas. Perseguido, refugiou-se em Genebra, na Suíça, onde a Reforma havia sido adotada. Dinamizou o movimento reformista através de novos princípios, completando e ampliando a doutrina luterana.
Determinou que não houvesse nenhuma imagem nas igrejas, nem sacerdotes paramentados. A Bíblia era a base da religião, não sendo necessária sequer a existência de um clero regular.
Para Calvino, a salvação não dependia dos fiéis e sim de Deus, que escolhe as pessoas que deverão ser salvas (doutrina da predestinação).
O Calvinismo expandiu-se rapidamente por toda a Europa, mais do que o luteranismo. Atingiu os Países Baixos e a Dinamarca, além da Escócia, cujos seguidores foram chamados de presbiterianos; na França, huguenotes; e na Inglaterra, puritanos.
Contrarreforma ou Reforma Católica
Por muito tempo se ensinou que a Contrarreforma foi o movimento que surgiu na Europa em consequência da expansão do protestantismo.
Atualmente, contudo, os historiadores preferem o termo Reforma Católica. Afinal, vários teólogos católicos como Thomas Morus e Erasmo de Roterdã já haviam escrito sobre a necessidade de mudar certos aspectos da Igreja, muito antes do próprio Lutero.
Desta maneira, a Igreja Católica acelera a tomada de uma série de providências para conter as ideias protestantes.
Uma delas foi apoiar a Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola, em 1534. Seus membros, conhecidos como jesuítas tinham total confiança do papa e buscavam combater o protestantismo por meio do ensino e expansão da fé católica.
Concílio de Trento
Em 1545 e 1563, realizou-se o Concílio de Trento, com representantes da Igreja Católica de toda a Europa. Igualmente estavam presentes membros da igreja luterana e da ortodoxa.
Vejamos as principais decisões:
- o clero regular, deveria estudar nos Seminários, caso quisessem tornar-se padres.
- os párocos foram obrigados a morar em suas paróquias e dar atenção especial à pregação doutrinal.
- proibiu-se a venda de cargos religiosos
- foi criado o “Index”, lista de livros proibidos pela Igreja, incluindo livros científicos de Galileu, Giordano Bruno, entre outros.
quinta-feira, 1 de abril de 2021
quarta-feira, 31 de março de 2021
8º ano E F - Pensadores Iluministas
Assista o vídeo
Pensadores Iluministas
Por Pedro Menezes
Professor de Filosofia
Os filósofos iluministas contribuíram de maneiras diferentes
e em diversas áreas do conhecimento. Desde questões morais, religiosas e
políticas até as de cunho econômico e filosófico, os ideais dos pensadores
iluministas promoveram o processo de conscientização mundial. As
"luzes" do pensamento iluminista são uma resposta crítica às
"trevas" do pensamento medieval, em que toda a produção de
conhecimento estava subordinada ideia à religião, como forma de justificar a fé
e o poder da Igreja. Apesar das particularidades presentes no pensamento de
cada um deles, as questões relacionadas à produção de um conhecimento
independente, centrado na razão e distanciado da teologia proposta pela Igreja,
é uma marca comum.
Voltaire (1694-1778)
Voltaire, pseudônimo de
François-Marie Arouet, foi um filósofo francês que nasceu em Paris. Suas
críticas à nobreza resultaram em várias situações de prisão e exílio.
Principais Ideias
Voltaire foi um dos mais
importantes filósofos do iluminismo. Defensor das liberdades individuais e da tolerância,
foi uma das principais inspirações da Revolução Francesa. Para Voltaire, deve
ser garantido às pessoas o direito à liberdade de expressão, à liberdade
religiosa e à liberdade política. Por suas defesas, o filósofo foi perseguido
pela Igreja Católica e pelo Estado absolutista francês.
Principais Obras
A principal obra de Voltaire,
"Cartas Inglesas ou Cartas Filosóficas", foi um conjunto de cartas
acerca dos costumes ingleses, os quais comparava aos do atraso da França
absolutista. Apesar disso, era contra qualquer revolução, pois acreditava que
os monarcas seriam capazes de se orientar racionalmente para cumprir o seu
papel. Escreveu também novelas, tragédias e contos filosóficos, dentre os quais
"O Ingênuo".
Jean-Jacques Rousseau
(1712-1778)
Jean-Jacques Rousseau foi um
filósofo suíço que lançou as bases para o Romantismo europeu.
Principais Ideias
Rousseau era a favor do “contrato
social”, forma de promover a justiça social que dá nome a sua principal obra. Apregoava
que a propriedade privada gerava a desigualdade entre os homens. Segundo ele,
os homens teriam sido corrompidos pela sociedade quando a soberania popular
tinha acabado. O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra acorrentado.
Principais Obras
"O Contrato Social" é a
sua obra de maior destaque de Rousseau. Em "Émile", outra obra de
grande importância, Rousseau trata da educação afirmando que ela deve ser base
da reconstrução da humanidade.
Adam Smith (1723-1790)
Adam Smith é considerado um dos
principais teóricos do movimento. Filósofo e economista escocês, recebe o
título de "pai da economia moderna".
Principais Ideias
Em plena época do Iluminismo,
Adam Smith tornou-se um dos principais teóricos do liberalismo econômico. Sua
principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade
econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção
do Estado. A livre concorrência entre os empresários regularia o mercado,
provocando a queda de preços e as inovações tecnológicas necessárias para
melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o ritmo de produção. As ideias de
Adam Smith tiveram uma grande influência na burguesia europeia do século XVIII,
pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis
absolutistas, além de contestar o regime de direitos feudais que ainda
persistia em muitas regiões rurais da Europa. A teoria de Adam Smith foi de
fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo nos séculos XIX e
XX.
Principais Obras
"A Riqueza das Nações"
é o nome da principal obra desse pensador, enquanto "Teoria dos Sentimentos
Morais" é o nome do seu principal tratado.
Fontes:
https://www.suapesquisa.com/biografias/adam_smith.htm - acesso em 31/-3/2021
https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/voltaire.htm
-
acesso em 31/03/2021
https://www.todamateria.com.br/filosofos-iluministas/
- acesso em 31/03/2021
Assista o seguinte vídeo que trata de uma música da banda irlandesa U2. O título da música é "40", uma referência ao "Salmo 40" da Bíblia. O vídeo mostra pessoas com um cartaz escrito "COEXIST", traduzindo, COEXISTÊNCIA. No cartaz a três símbolos: a Lua Crescente, simbolizando o Islamismo; a Estrela de Davi, representando o Judaísmo; e a Cruz, um dos símbolos do Cristianismo. A principal mensagem do vídeo é a importância da tolerância religiosa e a necessidade de todas as religiões do mundo coexistirem/existirem tolerantemente e em armonia.
Obs. A canção "40" do U2, interpretada pelo U2NL, com uma palavra do Rev. Jan Andries de Boer sobre a cooperação entre religiões e a paz mundial.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021
Calendário indígena
Habilidade: (EF05HI08) Identificar formas de marcação da passagem do tempo em distintas sociedades, incluindo os povos indígenas originários e os povos africanos.
Assista os vídeos
Calendário dos povos indígenas do rio Tiquié
A Enchente de Jararaca (Aña poero) representa o início do ciclo anual (novembro e dezembro). Acontecem as primeiras reproduções de peixes, anfíbios, insetos, relacionadas a chuvas intensas e elevação no nível do rio. Essas primeiras piracemas de aracu-riscado, aracu-três-pintas (e outras do gênero Leporinus) e diversas outras espécies, são consideradas como a limpeza dos lugares de piracema (ñeekoese), malocas onde os peixes fazem suas festas, segundo os conhecedores indígenas (...) Aparecem bandos de pássaros chamados “da jararaca”, que descem nos pastos, depois caem no rio e viram peixes. Depois que se transformam, ainda não são totalmente peixes, por isso às vezes encontra-se coração de pássaro nesses peixes. Eles terminam de se transformar já na piracema. A constelação da Jararaca é a maior da astronomia dos povos Tukano (...) Entre as repiquetes das partes da constelação de Jararaca, pode acontecer o Verão do Ingá (Mere kuma) , quando podem ser queimadas as roças de capoeira e, mas dificilmente, de mata virgem, faz sol forte e vento suave. Em seguida vem a constelação e Enchente de Tatu, o Verão de Pupunha, a constelação e Enchente de Jacundá, o Verão de Umari, a Enchente de Camarão, o Verão de Abiu, a Enchente da Onça, Enchente das Plêiades, Enchente Jirau de Peixe, Enchente Cabo de Enxó e a Constelação de Garça.
Responda no caderno:
1 – O calendário indígena dos povos do rio Tiquié é
orientado:
a) pelo ciclo solar.
b) pelo ciclo lunar. c)
pelos ciclos da natureza.
2 - Descreva a imagem:
3 – Como está dividido o calendário indígena dos povos do
rio Tiquié?
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