Estátuas de Rômulo e Remo sendo alimentados por uma loba
estão espalhadas por toda a cidade. Foto: Artem Avetisyan / Shutterstock.com
A cidade de Roma que conhecemos
hoje é bastante diferente da cidade antiga, fundada há quase três milênios.
Isso porque, no período, Roma não representava apenas uma cidade, mas se
transformou em um Estado poderoso, que fez de Roma um dos principais centros do
mundo antigo. Por isso, é dessa época a famosa frase, até hoje utilizada:
“todos os caminhos levam à Roma”.
Roma é uma palavra que designa
não apenas uma cidade, mas também um Estado que inicialmente foi formado por
populações indo-europeias, especialmente os latinos e os sabinos, que falavam o
latim. O mito fundador de Roma é a lenda que conta a história de dois irmãos
gêmeos: Rômulo e Remo. Rômulo teria sido o fundador de Roma e seu primeiro rei.
Embora a história da fundação de Roma seja marcada por contos lendários, como o
dos irmãos gêmeos nutridos por uma loba, entende-se que a fundação de Roma
representa não apenas a fundação de uma cidade, mas também a conquista da
Península Itálica que se espalhou por todo o Mar Mediterrâneo.
A região onde Roma se
desenvolveu, a península itálica, era dominada pelos etruscos, um povo que
vivia ao norte de Roma, e tem uma cadeia montanhosa central com clima ameno e
com chuvas constantes. Isso significa que as terras eram férteis e propícias
tanto para a agricultura como para a criação de gado. Além disso, pela
proximidade do Mar Tirreno ocupava uma posição estratégica para o
desenvolvimento do comércio. Por isso a região apresentava um grande potencial
para economia, seja com as plantações de insumos como trigo e cereais, seja com
a criação de animais ou mesmo com o desenvolvimento comercial.
São poucos os registros sobre a
fundação de Roma. As narrativas mais antigas datam de séculos após a sua
fundação, e misturam-se com as lendas e mitos sobre o evento. O que se sabe se
deve não só aos registros escritos de Tito Lívio (59 a.C. 0 19 d.C.), mas
também às escavações arqueológicas e às interpretações de historiadores
estudiosos da antiguidade. Acredita-se que Roma tenha sido fundada na Região do
Latium (ou Região do Lácio, na Itália central), onde se falava o latim, língua
que se alastrou pelo mundo e que deu origem, inclusive, ao idioma português,
que nas palavras de Olavo Bilac era “a última flor do Lácio”.
Entre os anos de 753 a.C. e 509
a.C. Roma viveu, sob uma monarquia, um período de crescimento e transformação
em cidade, incorporando diversas reformas, com a construção de espaços
públicos, de fortificações, de calçadas, de sistemas de esgotos. A partir de
509 a.C. inicia-se o período conhecido por República Romana.
Assim, a história da Roma Antiga
pode ser dividia em três períodos. O primeiro deles foi a Monarquia, que
vigorou desde a fundação até 509 a.C. O segundo período foi a República, quando
os patrícios se revoltaram contra os etruscos – povo do norte – e instauraram a
República, sendo liderados por Brutus, o líder dos que se revoltaram e também o
primeiro líder da nova República. A República romana durou até o ano de 27
a.C., quando houve a formação do Império Romano, que caracteriza o terceiro
período. O Império durou até 395 d.C., quando foi dividido em Império Romano do
Ocidente e Império Romano do Oriente, o primeiro com capital em Roma e o
segundo com capital em Constantinopla.
Fonte: https://www.infoescola.com/historia/fundacao-de-roma/
- acesso em 23/07/2020.
A sociedade romana
A estrutura social que se erigiu
nessa civilização teve como base principal os patrícios e os plebeus. Além
desses, havia ainda os clientes, os escravos e os proletários.
Os patrícios formavam a elite
social e política romana. Os principais cargos políticos de destaque, durante
muito tempo, só podiam ser ocupados por patrícios. Esse grupo da sociedade era
herdeiro dos primeiros clãs de pastores que se estabeleceram no Lácio e
fundaram a cidade romana. Esses clãs eram de povos latinos e organizavam-se sob
o modelo de páter-famílias, chefe de família patriarcal, daí vem a denominação
“patrício”. Sendo assim, os patrícios, por tradição, eram os grandes
proprietários de terras da antiga Roma. Possuíam, portanto, o controle político
e econômico.
Já os plebeus, ou a plebe, como
também eram conhecidos, constituíam a camada da população que não tinha
ascendência patrícia. A maioria dos plebeus era constituída de pequenos
proprietários de terras, artesãos e comerciantes. Boa parte das crises sociais
da Roma Antiga, bem como das tentativas de reforma, como a dos irmãos Graco,
derivou da insatisfação dos plebeus.
Além desses dois grupos, havia
ainda os clientes. Estes eram agregados dos patrícios e deles recebiam estadia
e proteção. Em troca, ofereciam todo tipo de serviço, daí vem a expressão
moderna da análise política “clientelismo”, que expressa a relação de
subordinação de um grupo social a outro em troca de pequenos benefícios.
Na estrutura social romana, havia
ainda os escravos e os proletários. Os primeiros eram considerados bens de
posse daqueles que os compravam ou os capturavam, além de serem desprovidos de
qualquer representatividade política ou direitos em meio à sociedade romana. Os
escravos podiam ser tanto escravos por dívidas quanto povos capturados e
conquistados nas campanhas militares romanas.
Já os proletários, isto é, os
proletarii, recebiam essa denominação porque sua única expressividade social
consistia em gerar prole (filhos) – daí a origem do termo proletário. Eles
compunham a parte da sociedade que ficava sob o jugo do Estado e que, quase
sempre, servia para engrossar as fileiras mais frágeis do exército romano.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/sociedade-romana.htm
- acesso em 23/07/2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário