Assista o vídeo abaixo. O vídeo fala de várias revoltas, mas se preferir, assista somente o que nos interessa, a Conjuração Baiana.
A Conjuração
Baiana ou Revolta dos Alfaiates
A Conjuração Baiana, também denominada como Revolta dos
Alfaiates (uma vez que seus líderes exerciam este ofício), foi um movimento de
caráter emancipacionista, ocorrido no ocaso do século XVIII, na então Capitania
da Bahia, no Estado do Brasil. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789),
se reveste de caráter popular.
Para compreender a deflagração do movimento, devemos nos
reportar à transferência da capital para o Rio de Janeiro, em 1763. Com tal
mudança, Salvador (antiga capital) sofreu com a perda dos privilégios e a
redução dos recursos destinados à cidade. Somado a tal fator, o aumento dos
impostos e exigências colônias vieram a piorar sensivelmente as condições de
vida da população local.
A população pobre sofria com o aumento do custo de vida, com
a escassez de alimentos e com o preconceito racial. As agitações eram
constantes. Entre 1797 e 1798 ocorreram vários saques aos armazéns do comércio
de Salvador, e até os escravos que levavam a carne para o general-comandante
foram assaltados. A população faminta roubava carne e farinha. Em inícios de
1798, a forca, símbolo do poder colonial, foi incendiada. O descontentamento
crescia também nos quartéis, onde incidentes envolvendo soldados e oficiais
tornavam-se frequentes. Havia, portanto, nesse clima tenso, condições
favoráveis para a circulação das ideias de Igualdade, Liberdade e Fraternidade.
As ideias
Os revoltosos pregavam a libertação dos escravos, a instauração
de um governo igualitário, onde as pessoas fossem vistas de acordo com a
capacidade e merecimento individuais, além da instalação de uma República na
Bahia e da liberdade de comércio e o aumento dos salários dos soldados. Tais
ideias eram divulgadas, sobretudo pelos escritos do soldado Luiz Gonzaga das
Virgens e panfletos de Cipriano Barata, médico e filósofo.
A revolta
Em 12 de Agosto de 1798, o movimento precipitou-se quando
alguns de seus membros, distribuindo os panfletos na porta das igrejas e colando-os
nas esquinas da cidade, alertaram as autoridades que, de pronto, reagiram,
detendo-os. Tal como na Conjuração Mineira, interrogados, acabaram delatando os
demais envolvidos.
As ruas de Salvador foram tomadas pelos revolucionários Luiz
Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas que iniciaram a panfletagem como forma de
obter mais apoio popular e incitar à rebelião. Os panfletos difundiam pequenos
textos e palavras de ordem, com base naquilo que as autoridades coloniais
chamavam de "abomináveis princípios franceses". A Revolta dos
Alfaiates foi fortemente influenciada pela fase popular da Revolução Francesa.
A repressão
A violenta repressão metropolitana conseguiu estagnar o
movimento, que apenas iniciava-se, detendo e torturando os primeiros suspeitos.
Governava a Bahia nessa época (1788-1801) D. Fernando José de Portugal e
Castro, que encarregou o coronel Alexandre Teotônio de Souza de surpreender os
revoltosos. Com as delações, os principais líderes foram presos e o movimento,
que não chegou a se concretizar, foi totalmente desarticulado.
Durante a fase de repressão, centenas de pessoas foram
denunciadas - militares, clérigos, funcionários públicos e pessoas de todas as
classes sociais. Destas, quarenta e nove foram detidas, a maioria tendo
procurado abjurar a sua participação, buscando demonstrar inocência.
Após o processo de julgamento, os mais pobres como Manuel
Faustino e João de Deus do Nascimento, Luiz Gonzaga e Lucas Dantas foram
condenados à morte por enforcamento, sendo executados no Largo da Piedade a 8
de novembro de 1799. Outros, como Cipriano Barata, o tenente Hernógenes
d’Aguilar e o professor Francisco Moniz foram absolvidos. Os pobres Inácio da
Silva Pimentel, Romão Pinheiro, José Félix, Inácio Pires, Manuel José e Luiz de
França Pires foram acusados de envolvimento "grave", recebendo pena
de prisão perpétua ou degredo na África. Já os elementos pertencentes à loja
maçônica "Cavaleiros da Luz" foram absolvidos deixando clara que a
pena pela condenação, correspondia à condição sócio-econômica e à origem racial
dos condenados. A extrema dureza na condenação aos mais pobres, que eram negros
e mulatos, é atribuída ao temor de que se repetissem no Brasil as rebeliões de
negros e mulatos que, na mesma época, atingiam as Antilhas.
Conclusão
A Conjuração Baiana não conseguiu atingir seus objetivos,
mas podemos mostrar, através dela, que naquela época a população já buscava
tornar-se uma sociedade justa e ter seus direitos de cidadãos.
O movimento envolveu indivíduos de setores urbanos e marginalizados
na produção da riqueza colonial, que se revoltaram contra o sistema que lhes
impedia perspectivas de ascensão social. O seu descontentamento voltava-se
contra a elevada carga de impostos cobrada pela Coroa portuguesa e contra o
sistema escravista colonial, o que tornava as suas reivindicações
particularmente perturbadoras para as elites. A revolta resultou em um dos
projetos mais radicais do período colonial, propondo idealmente uma nova
sociedade igualitária e democrática. Foi barbaramente punida pela Coroa de
Portugal. Este movimento, entretanto, deixou profundas marcas na sociedade
soteropolitana, a ponto tal que o movimento emancipacionista eclodiu novamente,
em 1821, culminando na guerra pela Independência da Bahia, concretizada em 2 de
julho de 1823, formando parte da nação que se emancipara a 7 de setembro do ano
anterior, sob império de D. Pedro I.
muito grande
ResponderExcluiremuitacoirsaparerlereemuitorchatorficarlerndotudorissur.
ResponderExcluire bla bla bla blaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluiraula sem grca so tem texto e licao tem q fazer algo q nos gostamios tipon uma atividade ai sim os alunos vao gostar da aula e do senhor blz
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uma porcaria
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